sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mitos e verdades sobre venda de usados



Internet é mais para vender carros novos do que carros usados? Confira este e outros mitos


Confira entrevista com Chipp Perry, Presidente e CEO da AutoTrader.com, e Joe Lescota, Diretor da Northwwod University. Eles desvendam os mitos que cercam as vendas de veículos usados pela internet.
Mito 1: a internet é mais para vende carros novos do que carros usados.
Realidade: existe uma enorme oportunidade na internet para vender carros usados. As pesquisas mostram que em 2007, 61% dos compradores de carros usados usaram a internet, comparado com 70% para carros novos. Se olharmos as pesquisas para o ano 2001, vamos encontrar 43% versus 60%.
Mito 2: jornais, televisão e rádio ainda recebem a maior parte dos investimentos de propaganda.
Realidade 2: revendedores independentes devem reconsiderar a alocação de seus investimentos de propaganda. Em 2007, os percentuais para investimentos em propaganda nos Estados Unidos foram 27% em jornais; 17% em televisão; 17% em rádio; 17% em Internet; 10% em mala direta e 12% em outros.


Mito 3: estou revisando a minha estratégia de internet e não tenho o tempo ou os recursos para me envolver com web site de terceiros.

Realidade 3: tudo que você precisa é de um telefone, uma câmara digital e um bom gerente de carros usados para dar um salto nos seus negócios online.


Mito 4: tudo tem a ver com search.

Realidade 4: os consumidores usam sites de classificados para descobrir veículos e revendas.


Mito 5: leads de e-mail (levando a vendas) são a minha mais importante medida de sucesso.

Realidade 5: medidas melhores de sucesso são as chamadas telefônicas e os walk-ins estimulados pela minha propaganda pela internet.


Mito 6: tenho que reduzir preços para aumentar o interesse dos clientes em meus veículos.

Realidade 6: se você constrói valor através de um merchandising eficiente você PODE aumentar o seu faturamento usando a internet.


Mito 7: apenas os carros diferenciados vendem na internet.

Realidade 7: carros comuns com um bom merchandising conseguem atrair a atenção dos consumidores. As pesquisas mostram que, em 2007, os 5 carros mais procurados na internet foram o Honda Civic (713.663 buscas ); Honda Accord (558.125 buscas ); Ford Mustang (419.561 buscas ); Toyota Camry (312.276 buscas e Ford F150 ( 294.802 buscas ).


Mito 8: posso diferenciar a minha revenda online porque os consumidores estão procurando “carro por carro ”.

Realidade 8: a internet proporciona várias táticas de impacto para o merchandising das revendas.


Mito 9: falar de baixos pagamentos vende automóveis.

Realidade 9: é preciso encontrar o preço certo.


Mito 10: o recondicionamento de carros é uma ferramenta de negociação.

Realidade 10: recondicionamento e programas de certificação são ferramentas chave de merchandising.


Mito 11: meus vendedores devem continuar a focar na maneira como eles sempre venderam automóveis.

Realidade 11: vendedores precisam estar conscientes das mudanças que estão ocorrendo no mercado e adotar uma postura de consultores quando vendendo automóveis.


Mito 12: não existe uma ciência em operar um departamento de carros usados.

Realidade 12: trabalhar com métricas pode trazer um grande impacto para a sua revenda.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SEGREDO - C2 VTS: Pocket-rocket da Citroën chega ao Brasil


Carro da Citroën recebe placas verdes e começa temporada de testes. Ele deve vir ao país para concorrer com Mini, smart e Fiat 500
Encerrada a bateria de testes do C4 Pallas, o WebMotors foi à sede da Citroën na Vila Leopoldina, São Paulo, para devolver o sedã com tecnologia flexível em combustível. Ao chegar à empresa, a nossa grande surpresa foi bater de cara com o C2. Um carro compacto que utiliza um poderoso motor 1,6-litro de 125 cv e 14,5 kgm. A possível vinda do automóvel para o Brasil se deve pela chegada de outros pocket-rockets, leia-se Mini Cooper, smart e Fiat 500. Dos três, só o Mini não foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo. A Citroën chegou utilizar o C2 nas competições de rali internacional e o modelo não fez feio. A velocidade máxima do compacto é de 202 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é de 8,3 s. A base do propulsor é um quatro cilindros em linha de exatos 1.587 cm³, o mesmo usado no Brasil, e a transmissão é manual de cinco velocidades. Lá fora, existe a opção de um automático CVT. Quando o C2 foi lançado, em 2003 no Salão de Genebra, ele ganhou destaque pelas dimensões e design arrojado. A última atualização do automóvel, que usa a mesma plataforma do C3, ocorreu em 2005, também na Suíça.O C2 tem 2,31 m de entreeixos, 3,66 m de comprimento, 1,66 m de largura e 1,47 m de altura. Os pneus da série flagrada, a VTS, são de perfil esportivo: 195/45 R16. O WebMotors chegou a questionar o que o carro estava fazendo ali. Mas a única resposta que obtivemos foi a de que ninguém sabia de nada. Agora, já sabemos. E vocês também.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

SEGREDO: Ford decide importar Transit


Modelo será anunciado ainda neste ano, mas apenas chegará ao mercado no início de 2009. Leitor já até descobriu site registrado pela Ford

Está decidido. A Ford vai mesmo vender a Transit no Brasil. Os executivos decidiram a sete chaves bancar a importação do modelo, que faz muito sucesso na Europa, onde é vendida há 40 anos. Serão duas versões oferecidas ao consumidor brasileiro, furgão e van. E depois virá a chassi-cabine. O anúncio oficial da Ford será ainda em 2008, mais perto do final do ano. Porém, a comercialização deverá começar no início de 2009. O produto será importado da Turquia, onde é fabricado e segue para 22 países da Europa.As novidades não páram por ai. O leitor Alexandre Barros, de São Bernardo do Campo (SP), fez outra importante descoberta. A Ford já registrou o domínio sobre a van no Brasil, em 27 de dezembro de 2007. O endereço é www.fordtransit.com.br. Nós agradecemos pela gentileza!Quais devem chegarA Ford deverá começar com duas versões da Transit, um modelo vocacionado ao transporte de passageiros e uma de carga, com PBT de 1 ou 2 ton. São as duas que foram apresentadas na Fenatran 2007, a de carga com teto alto – com capacidade de carga de 11,3 metros cúbicos – e a van com capacidade para 15 passageiros e um motorista. Nas Américas, o Brasil será o segundo país a receber o veículo. Após os Estados Unidos, o México se tornou o primeiro fora da terra do Tio Sam, em setembro de 2007. Por lá, existem nove versões disponíveis.PreçoÉ neste ponto que o bicho pega. O preço é a grande pedra no caminho da Transit “a brasileira”. E não dá para levar em conta a Sprinter, importada da Argentina, que por aqui custa de R$ 82 mil a R$ 109 mil (furgão) e na van (de R$ 93 mil a R$ 131 mil). Por vir de um país mais perto, a conta da logística é, obviamente, bem menor. A Ford vai adaptar os modelos importados em seu Mod Center. A marca sabe que se trouxer todos os itens luxuosos da versão européia, vai dançar no quesito preço. A tendência é que o valor inicial da Transit supere os concorrentes. Oswaldo Jardim, diretor das Operações de Caminhões da Ford, despistou sobre a Transit na Fenatran do ano passado e na coletiva de imprensa em que a montadora anunciou o segundo de produção, no início de junho. “Estamos de olho no segmento dos semileves, que vendeu 16 mil unidades em 2007 e deverá comercializar 21 mil unidades neste ano. Mas, há fortes concorrentes e para a Transit chegar alguém vai ter que perder. É um segmento muito pequeno”, disse. Jardim, no início de junho, ainda afirmou que outros problemas como a adaptação da rede de concessionários a um produto novo, ainda implica no projeto de trazer a van.MotoresA Ford não vai ter dor de cabeça para importar o modelo, já que o mercado turco é muito semelhante ao brasileiro em termos de gosto por conforto e preço. É a mesma estratégia que a montadora vai usar quando importar a cabine turca em substituição à linha Cargo, que deve ocorrer em no máximo três anos.Este ano, no Salão de Chicago, em fevereiro, a Ford apresentou uma nova versão da Transit, o modelo Connect. Nos Estados Unidos, a versão só será vendida em janeiro de 2009, com motor 2.0 litros, de quatro cilindros, a gasolina, transmissão automática e com capacidade de carga de 4 metros cúbicos. Mas, essa composição está fora de questão.As duas versões apresentadas no Brasil tinham tração traseira e motor diesel 2.4 L, da família Duratorq TDCi. Com esta pista, os modelos poderão ser equipados com motores de 100 cv e torque de 285 Nm, 115 cv/320 Nm e 140 cv/375 Nm. Transit vs SprinterA principal concorrente será mesmo a MB Sprinter, que já detêm uma legião de fãs no Brasil, pois está no mercado desde 1997. No País, a Mercedes-Benz oferece o modelo na versão van com 26 diferentes configurações. Com capacidades que vão de 12 passageiros, mais condutor, e 16 mais um.Já o modelo furgão são três versões de entreeixos (curto/3.000 mm, longo/3.550 mm e extra-longo/4.025 mm), com teto alto ou baixo. Outros concorrentesA Transit também terá pela frente a companhia do Fiat Ducato, Iveco Daily, Peugeot Partner e Boxer, Citröen Jumper Minibus e Renault Master e Kangoo Express (importado da Argentina) e Kia Bongo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Idéias confusas


Não há consenso sobre melhores opções para diminuição de CO2
O sistema de propulsão veicular nunca esteve tão em evidência como nesses tempos de preocupações ambientais, sobe-e-desce de preços dos combustíveis e – outra palavrinha mágica tão em voga – sustentabilidade. Certamente o progresso será grande daqui para frente. A dificuldade é eleger a solução mais adequada. Não há consenso sobre as melhores alternativas para diminuição do consumo de combustível e, conseqüentemente, menor emissão de CO2. E, para complicar, as estratégias se amoldam de acordo com os interesses mercadológicos dos fabricantes e mesmo de cada região do mundo.Isso ficou claro durante o seminário Propulsão Veicular e Matriz Energética, realizado semana passada em São Paulo, pela SAE Brasil. Uma das poucas convergências de opinião ocorreu quanto aos sistemas de transmissão. As caixas de câmbio manuais automatizadas com duas embreagens (uma para as marchas pares e outra para as ímpares) mostram vantagens inequívocas de dirigibilidade e de economia. Conhecida pela sigla em inglês DCT, a segunda geração utiliza o sistema a seco e chega a mostrar uma vantagem de 23% no consumo de combustível em relação aos câmbios automáticos comuns, segundo demonstrou Cláudio Castro, da Schaeffler.Quanto ao tipo de motor para automóveis, a Europa insiste em querer impor o diesel como melhor solução para o mundo. Mesmo lá há vozes discordantes, embora marcas francesas e alemãs insistam. Fiat, Ford e um pouco a VW já dão sinais de que os motores a gasolina (ciclo Otto) estão em ascensão graças à injeção direta e ao turbocompressor (permite diminuir a cilindrada e o consumo, mantendo o desempenho). Os defensores do diesel “esquecem” dos pontos fracos: preço, peso, ruído (hoje mais controlado) e as muletas técnicas para lidar com emissões de particulados e óxidos de nitrogênio. O próprio combustível, em relação à gasolina, também encareceu muito na Europa, onerando o transporte por caminhões e ônibus.Ricardo Abreu, da Mahle, destacou as recentes pesquisas que apontam para uma redução de até 32% no consumo de motores do ciclo Otto, quando bem desenvolvidos. A empresa alemã avança na direção de produzir um motor próprio, se receber uma encomenda.Ponto triste do seminário foi a persistência da GM, apoiada no momento pela Renault, em sugerir o uso de E85 – mistura de etanol anidro (mais caro que o nosso hidratado) e 15% de gasolina – no Brasil. Essa solução dispensa o sistema de partida a frio nos motores flex em países onde a gasolina é mais barata que o etanol. Aqui é o contrário. Ninguém pode concordar com encarecer o etanol ao consumidor, quando a solução da partida a frio sem gasolina já está pronta, melhorando inclusive dirigibilidade e emissões. Mesmo o pequeno preço adicional, no início, se diluirá frente à alternativa de onerar o custo/km no uso do etanol por toda a vida. Sem contar que as emissões, em especial de CO2, vão aumentar. O país também perde em relação aos ganhos potenciais embutidos nos mecanismos de desenvolvimento limpo, discutidos nos fóruns internacionais.Com tantos assuntos mais importantes a debater, certas idéias servem mais para confundir do que explicar.
RODA VIVA
MOMENTO de crise no mercado americano não demoveu os italianos de instalar uma fábrica no México. Estudos continuam e o simpático subcompacto Fiat 500 (Cinquecento), exibido no Salão do Automóvel de São Paulo, seria o modelo escolhido. Com vantagens cambiais e imposto de importação zerado, para a América do Norte e o Mercosul, o preço ficaria bem competitivo.
EUROPEUS são contra a ajuda governamental aos três fabricantes americanos. Ameaçam protestar junto à Organização Mundial do Comércio. Segundo Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e Mercosul, “eles mostram um passado com dinheiro público no capital de algumas marcas e esse cenário se mantém”. Não citou exemplos, mas a VW tem 20% de capital estatal e a Fiat acaba de se acertar com o governo da Sérvia (30%).
NOVA família de pneus de baixa resistência à rodagem da Michelin chega ao Brasil, importada da Colômbia. O Energy XM1+ custará de 3% a 5% mais caro, porém a durabilidade chega a ser 37% superior. Há vantagem, ainda, na economia de combustível – quase 2%. Pode parecer pouco, mas não se deve desprezar porque o mundo persegue consumo menor.
COMO o etanol brasileiro é praticamente neutro do ponto de visto do CO2 (seqüestrado quando os canaviais se desenvolvem), fica difícil indicar essas emissões no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que começa em abril próximo. Mas a informação sobre o consumo de combustível será de grande utilidade, especialmente na comparação entre modelos.
PRODUÇÃO de bolsas infláveis no Brasil foi confirmada pela TRW, a partir de 2009, em Limeira (SP). A empresa criou um hotsite – http://www.trw.com.br/airbag – com informações úteis e desmistificações. Entre elas: nada a temer para quem usa óculos; sem cintos de segurança, eficácia é comprometida.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Medo da crise: preço do usado pode cair

Balanço de outubro mostra redução de apenas 0,9%, mas concessionárias estão pagando pouco na troca pelo OK
O medo da crise pode levar a uma queda do preço do carro usado. Algumas concessionárias estão jogando o preço lá para baixo para aceitar o usado como parte de pagamento do carro zero, com medo de empatar capital num bem que pode deixar de ter liquidez.Isso é pura especulação, pois os preços dos carros usados ainda não sofreram queda brusca por conta da crise financeira. Pesquisa feita pela Agência AutoInforme em parceria com a Molicar, apurou queda de 0,94% em outubro. Foi a maior queda do ano, mas não é um número preocupante: é menos de 1%! No acumulado de janeiro a outubro a preço do carro usado caiu menos: 0,24%.Então o que o consumidor deve fazer? “Dar” o usado para o vendedor ou adiar a compra para o ano que vem? O mercado vive um momento de turbulência, por isso é difícil fazer previsões. Mas o melhor negócio, nesse momento, é vender o usado para um particular, onde é maior a chance de obter um valor próximo à cotação do mercado. Com o dinheiro, dar uma boa entrada na compra do zero, até porque, quem tem 40% ou 50% para dar de entrada num carro novo tem crédito fácil. Tem muita campanha na praça oferecendo facilidades no financiamento de carro zero para quem tem lastro.O estudo AutoInforme/Molicar registra queda expressiva nos preços dos importados usados este ano. O segmento teve queda de 6,8% de janeiro a outubro, enquanto mos carros fabricados no Brasil apresentaram alta nos preços: + 1,4%.
Evolução do preço por marca em outubro
Marca/Variação %
Honda/-4,23
Citroën/-2,83
Audi/-1,74
CHEVROLET/-1,58
PEUGEOT/-1,29
FIAT/-1,10
VOLKS/-0,82
Importados/-0,58
Mercedes/-0,38
Renault/-0,37
Ford/-0,15
Toyota/-0,10
Fonte: AutoInforme/Molicar


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dica: economia por km/rodado


Consumo de combustível de um veículo depende, em boa parte, do motorista
Segundo estudo realizado pela Volkswagen, o consumo de combustível de um veículo depende, em boa parte, do comportamento do motorista. Com esse resultado em mãos, os especialistas da montadora prepararam dicas para economizar combustível e beneficiar o meio ambiente, reduzindo-se a emissão de gases do veículo.E você, será que está fazendo tudo certo? Confira:
Dica 1 - evite acelerações a fundo. A aceleração equilibrada não só reduz consideravelmente o consumo de combustível como a poluição e o desgaste do veículo.
Dica 2 - O consumo de combustível é menor nas marchas mais altas. Selecione uma marcha superior logo que seja possível e somente opte por uma inferior quando o desempenho do veículo for afetado.
Dica 3 - Por outro lado, evite conduzir à velocidade máxima. Se o veículo for conduzido a ¾ da velocidade máxima recomendada na via que está sendo percorrida, o consumo de combustível baixa significativamente e a perda de tempo é mínima.
Dica 4 - Dirija de modo regular. Acelerações e freadas desnecessárias provocam elevado consumo de combustível e maior poluição ao ambiente.
Dica 5 - Calibre os pneus regularmente, como recomendado pelo manual do proprietário. A pressão baixa aumenta a resistência ao deslocamento do veículo e, conseqüentemente, o consumo de combustível, além de desgastar os pneus e afetar a dirigibilidade do carro.
Dica 6 - Não transporte pesos mortos como, por exemplo, cadeiras de praia ou bicicletas, quando não for utilizá-los. O peso do veículo tem grande influência no consumo do combustível, principalmente no trânsito urbano.
Dica 7 - Use o bagageiro somente quando for imprescindível, pois a bagagem acomodada neste acessório aumenta consideravelmente a resistência aerodinâmica do veículo e, conseqüentemente, o consumo de combustível.
Dica 8 - Não use o chamado “ponto morto”. Além de comprometer a segurança na condução do veículo, esta prática não resulta em economia de combustível, como se acredita.
Dica 9 - O uso do ar condicionado requer maior potência do motor e, desta forma, o consumo de combustível se eleva.
Dica 10 - Programe antecipadamente os itinerários, evitando engarrafamentos e semáforos. Trajetos curtos freqüentes como, por exemplo, em serviços de entrega, que exigem partidas e aquecimento do motor constantes, também elevam o consumo de combustível.
Dica 11 - Desligue o motor em caso de paradas prolongadas no trânsito.
Dica 12 - Verifique o consumo de combustível em cada reabastecimento. Desta forma, é possível descobrir a tempo qualquer irregularidade no veículo que provoque aumento de consumo.
Dica 13 - Utilize somente o tipo de combustível recomendado no manual do proprietário.
Dica 14 - Não altere o sistema de alimentação ou de escapamento, usando peças não originais ou fazendo regulagens indevidas.
Dica 15 - Siga o plano de manutenção do veículo, conforme orientações do manual do proprietário.
Fonte: Volkswagen

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Vendas de motos caem 18,58 % e fábricas dão coletivas

Queda brusca em relação a setembro fez com que Honda e Yamaha paralisassem a produção por dez dias em Manaus
Em outubro, foram emplacadas apenas 150.100 motocicletas – uma queda de 18,58% em relação ao mês de setembro, quando foram vendidas 184.368 unidades, segundo dados divulgados pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores.Em geral o setor de veículos – autos, comerciais leves, ônibus e motos - registrou retração de 13,81 %, ou seja, o setor de motos teve o pior desempenho. A principal causa da queda tão brusca é a dificuldade em se conseguir crédito, apontam os especialistas. O que prejudica em cheio o mercado de duas rodas, já que o financiamento respondeu por 40% das vendas em 2006, de acordo com dados da Abraciclo (Associação dos fabricantes do setor).“A aprovação do crédito não está acontecendo”, declarou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. Porém, Reze acredita que a crise é “menos” pior do que parece. “O barulho da explosão foi maior do que os estragos causados por ela”, afirmou ao se referir à crise mundial do sistema financeiro.O presidente da Fenabrave também aponta outra saída para o mercado de motos: “o consórcio é uma ferramenta que pode ajudar o setor de motos a reagir. Antigamente essa modalidade sustentava a indústria de duas rodas”. Só para se ter uma idéia, em 2000, 58% das vendas de motocicletas foram feitas por meio do consórcio, segundo números da Abraciclo. Em 2006 esse percentual caiu para 36%.Apesar da queda de quase 20% na veda de veículos de duas rodas, Reze afirmou estar otimista e não vê motivos para pânico. “Novembro não será pior que outubro”. Parte de seu otimismo vem das vendas acumuladas. O setor de motos registra um crescimento de 19,86 % em 2008. Entre janeiro e outubro deste ano foram emplacadas 1.657.962 contra apenas 1.383.259 no mesmo período de 2007. Além disso, o crescimento acumulado ainda está acima da projeção que a Fenabrave fez para o setor em 2008. Segundo números divulgados no início do ano, a projeção de crescimento do setor de motos era de 18,50%. Férias ou ParalisaçãoEntretanto as montadoras estão mais cautelosas que os distribuidores. Em função da crise, que atingiu seu ápice no início de outubro, Honda e Yamaha paralisaram parcialmente a produção de motos de baixa cilindrada durante dez dias no final do mês passado – entre 20 e 30 de outubro. Procurada pela Agência INFOMOTO, a líder de mercado, Honda, não se pronunciou oficialmente sobre os motivos da paralisação. A assessoria de imprensa da empresa afirmou que não se tratou de férias coletivas, mas sim de uma paralisação parcial. Duas linhas de montagem de até 150 cc ficaram inoperantes. Como resultado, a Honda deixou de produzir 40.000 motos no período.Já a Yamaha enviou um comunicado oficial admitindo as férias coletivas de 55% dos 4.289 funcionários de Manaus por dez dias. “O recesso, breve e parcial, se dá em meio à crise de confiança que tomou o Sistema Financeiro em âmbito mundial, cujos reflexos já são notados em nosso mercado de atuação. O primeiro sinal mais evidente foi a elevação de restrições à concessão de linhas de crédito direto ao consumidor, por parte de Bancos e Financeiras.”A Yamaha ainda anunciou que produziu apenas 24.000 das 42.000 unidades previstas para o mês de outubro. A Yamaha Motor da Amazônia também paralisou duas linhas de montagem de motos de baixa cilindrada. Contudo, Honda e Yamaha já retomaram a produção normalmente.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Desânimo sem vez

“Crise” não foi tema evitado nessa 25ª edição do Salão do Automóvel

Salões de automóveis costumam ter clima de festa e ninguém deseja que a palavra crise passe nem perto. Ainda assim, o tema não foi evitado nessa 25ª edição da exposição do Parque Anhembi, em São Paulo, que se encerra domingo (9/11). O balanço final indica que as marcas veteranas se assustaram menos que as novatas. Entre estas, as francesas mais que as japonesas. Nada que ameace investimentos ou lançamentos de produtos. Os próximos seis meses serão de observação e cautela.Executivos experientes, no entanto, projetam crescimento das vendas internas de até 5% em 2009 sobre o recordista 2008. Este ano a barreira de 3 milhões de unidades pode até não cair, mas, com certeza, no próximo. Dezenas de ações que incluem novidades de pequena, média ou grande repercussão estão nos planos de fabricantes e importadores para os próximos meses.Nosso salão internacional alcançou sucesso quanto à participação de público (cerca de 600.000 visitantes) e estréias. Primeiras unidades do novo Honda Fit, por exemplo, estavam lá. O carro, já nas concessionárias, cresceu em dimensões, além de ganhar motores mais potentes (ambos flex, independentemente da caixa de câmbio). A marca japonesa trocou o insosso câmbio CVT por um automático tradicional, segundo ela, a pedido dos clientes. Dodge Trazo, produzido no México em acordo com a Nissan, também estreou. Essa é versão sedã do Tiida, que recebeu nova grade, motor flex e chega em meados do próximo ano.Estreantes do início de 2009, Nissan Livina/Grand Livina (paranaenses), Citroën C4 hatch (argentino) e Mercedes-Benz CLC (mineiro) comprovam a diversificação de produção para o mercado brasileiro. A Ford não receou em mostrar o conceitual Verve 2-portas, base para o novo Fiesta, em 2010. Nem a Volkswagen titubeou ao antecipar a nova picape média argentina, prevista para a virada de 2009 para 2010. O modelo conceito Chevrolet GPix só disfarça o sucessor do atual Corsa e indica que haverá um utilitário esporte – de quatro portas e não duas, como no Salão – para enfrentar o EcoSport. Também tiveram vez os exercícios de idéias. A Fiat exibiu um bugue ecológico – motor elétrico e painéis de fibra natural –, enquanto a Renault ousou com um misto de picape e conversível de quatro lugares baseado no Sandero.Quem importa aposta que o novo patamar do dólar até a faixa de R$ 2,10 não trará grandes dificuldades. O preço do minúsculo smart 2-lugares – previsto em torno de R$ 55.000,00 pela Mercedes – custará quase a metade do que alguns chegaram a pagar. Motor de menos de 1.000 cm³ e baixo peso ajudaram nos impostos e no frete. Outros modelos permanecem nos planos, eventualmente em quantidades menores, como Chevrolet Malibu, Fiat 500, VW Tiguan.Outros importadores mantêm-se de prontidão. Do XC60, da Volvo, aos chineses estreantes com o compacto Lifan LF 520, passando pelos ágeis coreanos (os Hyundais i30 e Genesis; os Kias Soul e Rio). Continua a expectativa sobre a confirmação da nova fábrica Hyundai, em Piracicaba (SP), nos próximos dias.O fato é que os sustos da crise global merecem reflexão e prudência. No entanto, desânimo no Salão pareceu mesmo palavra deixada de lado.
RODA VIVA
REAÇÃO do Grupo Peugeot-Citroën à experiência bem-sucedida do Logan na Europa terá resposta à altura. Fontes agora confirmam o lançamento em 2010 de um modelo na mesma faixa de preço, porém com estilo mais atraente. O carro ainda é segredo guardado a sete chaves. Pelo menos inicialmente não seria fabricado aqui ou na Argentina. Mas, nunca se sabe...
MAHINDRA não produzirá automóveis, embora esteja atenta aos sinais do mercado brasileiro. Novo minivan Xylo, de oito lugares, a ser produzido em Manaus (AM) dentro de um ano, terá inicialmente motor diesel. Pawan Goenka, presidente da empresa indiana, afirmou que AVL (Áustria) e Bosch (Alemanha) já trabalham em um motor flex para o mesmo modelo em 2010.
LINEA, pelo preço competitivo em relação aos equipamentos de série, pode ir melhor que o Marea, apesar de não ser seu substituto direto. Motor de 1,85 litro/132 cv, câmbio manual automatizado mais suave do que no Stilo e suspensões bem acertadas destacam-se no dia-a-dia. Largura do habitáculo e alguns parafusos aparentes podem tornar difícil enfrentar esse segmento.
REGULAMENTAÇÃO do Denatran para dispositivos antifurto obrigatórios mudou um pouco. Além do cronograma para automóveis e comerciais leves se estender entre agosto de 2009 e agosto de 2010, dispositivos atuais de bloqueio na chave (transponder) agora são aceitos. Manteve-se a instalação de rastreadores GPS de fábrica e contratação opcional do serviço.
VISANDO especialmente quem dirige longas horas em estradas, está disponível o sistema que alerta, por som ou vibração, se o motorista tender a dormir. Preso na orelha (sensível à inclinação da cabeça para frente), custa em torno de R$ 20,00 a R$ 40,00. Empresa brasileira que o produz começa a distribuição em concessionárias de caminhões.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vendas caem em outubro

Restrição ao crédito pode ter influenciado queda
A crise econômica é o assunto da mídia. Se o preço subiu, é culpa da crise; se as vendas caíram, também. No mercado de carros não é diferente. Outubro teve queda de vendas em relação a setembro e em relação a outubro do ano passado (veja abaixo). O resultado foi logo creditado à situação econômica mundial.Mas é preciso observar quem é que está perdendo com a crise. Uma breve análise do mercado mostra que a crise não atinge todos os setores de forma idêntica. Ao contrário, alguns segmentos sofrem mais, outros menos. É claro que os segmentos dos carros mais baratos são mais atingidos, enquanto o mercado dos carros de luxo não está sendo atingido pela retração.Números de outubroAs vendas do Gol, o carro mais vendido no Brasil, caíram 17% e a do Pálio 22%. O Sandero perdeu 38% em relação às vendas do mês anterior, enquanto o sedã Siena perdeu 25%, e o Corsa Classic (com carroceria velha) 26%. Agora vamos para o outro lado do mercado:As vendas do Volkswagen Touareg, um carro que custa R$ 247 mil, se mantiveram estáveis, assim como as do Porsche 911 e da Ferrari. As vendas do X6, o utilitário esportivo de luxo da BMW, cresceram 14% em outubro, um carro que custa R$ 390 mil. E o Audi TT foi o modelo com o maior crescimento de vendas no mês da crise: aumento de 40% em relação a setembro. O Audi TT custa R$ 234 mil.O volume de venda dos carros de luxo é infinitamente menor do que os populares, mas o comportamento de vendas mostra claramente quem é que a crise está atingindo. Os ricos compram a vista, enquanto os menos afortunados dependem de crédito, que a crise está limitando.Restrição ao créditoA restrição ao crédito pode ter influenciado no comportamento do mercado de carros em outubro, mas a pequena queda de vendas registrada em relação a outubro do ano passado (- 2,4%) já estava prevista pelas montadoras, pois no segundo semestre do ano passado as vendas bateram todos os recordes históricos. A queda de vendas em relação a setembro foi maior: 10,9%, mas também nesse caso a retração é explicada: setembro teve o segundo melhor volume de venda mensal da história da indústria automobilística, com 268,7 mil unidades. Foram vendidos em outubro 239.266 veículos automotores, conforme dados preliminares do Renavam.A restrição ao crédito é responsável pela queda nas vendas, segundo dirigentes de montadoras. “A vontade de comprar persiste, o consumidor continua indo às concessionárias, mas a aprovação do crédito está mais rigorosa”, disse o diretor de uma das grandes montadoras à agência AutoInforme. O crédito – que fez explodir o mercado nos últimos dois anos – é a mola propulsora da venda de carros. Uma vez restrito, naturalmente tem impacto direto no volume de vendas. No entanto, as ações do governo anunciando socorro, especificamente aos consumidores de carros, abranda o medo da crise na indústria automobilística.O ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, confirmaram aos dirigentes do setor que o presidente Lula não quer que a falta de crédito interrompa o ciclo de crescimento de vendas de veículos. Para isso, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal vão liberar crédito extra a partir desta semana.Outubro teve 23 dias úteis, o “maior” mês do ano, por isso a queda de vendas é ainda mais significativa. Foi a segunda pior venda diária do ano, com 10.403 unidades. Mas está longe de ser um volume desprezível. Ao contrário, outubro manteve o patamar de 10 mil carros/dia, número conquistado em julho do ano passado e que nunca mais caiu.Inflação tem a maior alta do anoOutubro registrou a maior alta da Inflação do Carro neste ano, 0,98%. O aumento do custo de manter e andar com o carro esta agora em 5,78% este ano.Nem os combustíveis, que não tinham subido de preço até agora, escaparam das altas do mês passado. A gasolina subiu 0,80% e o álcool 2,37%. Mas no acumulado do ano a gasolina subiu apenas 0,82% e o álcool 1,19%. O que está pesando no bolso este ano é a lona de freio já esta 23% mais cara. O balanceamento de rodas subiu 16% de janeiro a outubro e Estacionamento, que ficou 16,7% mais caro.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Rastreamento - Fora do mapa

Crown Telecom fecha as portas, mas garante manter contato e ressarcir clientes. VW tem responsabilidade solidária sobre equipamentos instalados nas concessionárias
A falta de contato e conseqüente sensação de desamparo acompanha clientes da empresa mineira de rastreadores de veículos via satélite (GPS) Crown Telecom há quase um ano. Com problemas desde o fim de 2007, depois de ter rompido contrato de fornecimento do serviço por parte da Volkswagen do Brasil, a Crown acabou fechando as portas em meados deste ano. Sentindo-se lesada pela companhia canadense WebTech Wireless (WEW), especializada em GPS, da qual era distribuidora exclusiva no Brasil, e a quem acusa pela quebra do contrato com a VW, a Crown busca na Justiça o ressarcimento dos prejuízos, avaliados em cerca de US$ 67 milhões (R$ 108 milhões calculadas na época do início da ação, em maio). Com a quantia pleiteada, espera ressarcir clientes e fornecedores, além de resolver seu passivo trabalhista. Em primeira instância, a Crown já obteve sentença favorável.A história começou em 2003, quando a Crown Telecom foi uma das pioneiras no serviço de rastreamento via satélite no Brasil. Dois anos depois, passou a ser a distribuidora oficial no país dos equipamentos WebTech e vendia o serviço diretamente ao consumidor final, sendo o aparelho fornecido a título de comodato. Com o crescimento da empresa e o aumento da demanda pelo rastreamento de veículos no Brasil, veio o contrato com a Volkswagen. A partir de dezembro de 2006, os rastreadores passaram a ser equipamento de série em praticamente todos os modelos da marca. Além disso, também podiam ser instalados dentro das concessionárias.
Rompimento
O contrato com a VW, de acordo com a Crown, era de dois anos. Distribuidora WebTech, a Crown fornecia os equipamentos à fabricante alemã, que os disponibilizava em seus modelos. Mas, seis meses depois, em junho de 2007, quando mais de 60 aparelhos já haviam sido vendidos, foi surpreendida com uma quebra de contrato pela Volkswagen. "O crescimento do mercado automotivo foi muito grande. Tínhamos a previsão de instalar 400 mil peças, mas a demanda da VW era de 560 mil. Isso gerou um certo estresse e a WebTech quis aproveitar a oportunidade para assumir diretamente esse contrato. Mas isso não pode ser feito, é uma interferência em contratos de outros", desabafa o fundador e presidente da Crown Telecom, José Antônio Pereira Júnior.E esse é o motivo central da ação movida contra a WebTech, cujos argumentos já foram inicialmente aceitos pelo juiz Geraldo Senra Delgado, da 24ª Vara Cível de Belo Horizonte, em sentença proferida no mês passado. A WebTech contestou a decisão e, no momento, os autos encontram-se conclusos para despacho.
Lesados
José Antônio Júnior alega que todas as reclamações de clientes que, até o momento, chegaram a seu conhecimento foram atendidas e afirma que está aberto a responder a todos os questionamentos (pelo e-mail presidencia@crowntelecom.com.br). A disponibilidade pode responder a anseios como o da técnica têxtil Lúcia Sarmento Gama Fogli, que comprou um VW Gol com o rastreador Crown exatamente em dezembro de 2006, em São Paulo. "A VW oferecia o serviço gratuito por um ano. Exatamente um ano depois, em janeiro de 2008, recebi um boleto de R$ 500 para a renovação e paguei, pensando que a manutenção do serviço estava em ordem. Mas depois ligaram querendo cobrar de novo, dizendo que eu não havia pago. Liguei para a concessionária VW e eles disseram que não havia mais vínculo", conta. Lúcia tentou contatos com a empresa, em vão.Menos sorte teve o dentista Bruno Castro Ferro, de Jaguariúna (SP), que teve o veículo furtado em julho. "Procurei a Crown de todas as formas, busquei informações na internet e vi que muita gente estava reclamando. Descobri até um telefone que seria do dono, mas não deu em nada", lembra Bruno, dizendo que, se o rastreador estivesse funcionando, provavelmente o carro teria sido recuperado. Em Belo Horizonte, logo no início das reclamações contra a Crown, Veículos mostrou o drama do empresário Rodrigo Aguiar (reportagem publicada em 13 de fevereiro de 2008), dono de quatro carros supostamente rastreados pela empresa com a qual ele não conseguia mais contato. Rodrigo teve uma Kombi furtada logo depois da reportagem e prejuízo, com a carga, de R$ 80 mil. "Cheguei a ir no escritório deles, que ainda estava funcionando, e me propuseram o ressarcimento do que eu havia gasto com o equipamento, mas o prejuízo que tive com o furto da carga foi muito maior", acrescenta.
Justiça
Para os consumidores lesados com a suspensão do serviço, claro que a tentativa ideal é um novo contato com a empresa. Mas, não surtindo efeito, a solução pode estar na Justiça. Segundo o advogado Geraldo Magela Freire, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Minas Gerais, todos os consumidores que adquiriram o serviço antes do rompimento do contrato entre VW e Crown têm direito garantido por lei e a VW responde solidariamente (artigos 7º e 25º do Código de Defesa do Consumidor). Como o valor é baixo, a questão pode ser resolvida nos Procons.A coordenadora do Procon Municipal, Stael Riani, acrescenta que, conforme o tipo de contrato, também a concessionária que vendeu o carro e/ou instalou o equipamento pode ser responsabilizada. Já com relação à Crown, ela explica que a situação é mais complicada, já que a empresa não tem endereço para ser localizada. A questão teria de ser resolvida na Justiça comum, por meio de penhora eletrônica de bens, se ainda não foi decreta a falência, ou habilitação de crédito da massa falida, no caso de falência decretada. A VW informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, já que se encontra na esfera judicial.
Endereço
No prédio em que funcionava a sede da Crown Telecom, na Avenida Raja Gabaglia, 1.781, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a informação é de que o andar antigamente destinado à empresa foi desocupado há cerca de quatro meses e, atualmente, já pertence a outra firma. Desde fevereiro, a central de atendimento não atende mais ligações e a página da empresa na internet (www.crowntelecom.com.br) atualmente exibe comunicado, em inglês, informando sobre o processo contra a WebTech.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Poluição - Consumir e beber menos

A partir de abril de 2009, veículos podem usar etiqueta com classificação quanto à eficiência energética. Apesar de não ser obrigatória, adesão dos fabricantes foi boa
Para estimular a escolha, utilização e fabricação de veículos mais eficientes do ponto de vista energético, o Ministério do Meio Ambiente e o de Minas e Energia lançam durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo (ver matéria de capa) o Programa Brasileiro de Eficiência e Etiquetagem Veicular. A ferramenta escolhida é uma etiqueta, semelhante às usadas em eletrodomésticos, que vai identificar em qual categoria o veículo está, além de informações sobre o consumo e emissão de CO2. Estes dados servirão para facilitar a comparação entre os modelos pelos consumidores.Inicialmente, o programa vai abranger apenas os veículos leves movidos a gasolina, álcool e gás natural. Os veículos movidos a diesel, os pesados e as motocicletas, por enquanto, ficaram de fora da classificação, mas uma futura implantação da etiquetagem para esta frota não está descartada. A adesão por parte das empresas automobilísticas é voluntária, mas várias já concordaram em participar: BMW, Chrysler, Ferrari, Fiat, Ford, GM, Honda Hyundai, Kia, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Peugeot/Citroën, Porsche, Renault, Toyota, Volkswagen, Volvo e outras.O uso da etiqueta será opcional e, mesmo que apenas os veículos bem classificados estampem os resultados em suas latarias, o consumidor poderá se informar por meio de tabelas que estarão obrigatoriamente disponíveis nos pontos-de-venda de veículos e no site do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro www.inmetro.gov.br)e do Conpet (Programa nacional da racionalização do uso dos derivados do petróleo e do gás natural - www.conpet.gov.br). Diferente das tendências mundiais, na primeira fase do programa não haverá divulgação sobre os valores de emissão de CO2 na atmosfera.A previsão é de que os veículos comecem a receber as etiquetas já em abril de 2009. Como os resultados valem por um ano, os testes dos veículos deverão ser realizados todo ano. O grupo técnico responsável pelos estudos de implantação do programa é composto por representantes do governo, das empresas fabricantes e importadoras de veículos e suas entidades empresariais. As empresas assumiram o compromisso de informar os dados de consumo de pelo menos metade de sua frota.
Categorias Os veículos de passageiros serão classificados em categorias conforme a área projetada do veículo no solo: subcompacto (até 6,5m²); compacto (de 6,5m² até 7m²); médio (de 7m² até 8m²); grande (acima de 8m²). Os veículos especiais serão classificados em quatro categorias que atendem critérios técnicos específicos, predefinidos em normas: comercial leve, carga leve, fora de estrada e esportivo. Os veículos de cada categoria serão classificados em cinco faixas, de acordo com o consumo: de "A" (menor consumo energético) a "E" (maior consumo energético).O consumo será medido em MJ/Km (mega joule por quilômetro), sendo que MJ é uma unidade de energia obtida a partir do volume de combustível consumido (em litros), de gasolina, álcool ou GNV (m³), de acordo com seu poder calorífico e sua densidade. Esta medida foi adotada para permitir a comparação de veículos com combustíveis diferentes ou multicombustíveis. A comparação é feita pela média aritmética dos consumos de cada combustível e média ponderada dos valores de consumo em ciclos de condução padrão urbano e rodoviário.As medições serão realizadas em laboratórios acreditados pelo Inmetro, podendo ser do próprio fabricante ou independentes. As etiquetas também vão trazer os valores de referência de quilometragem por litro (km/l), a qual os consumidores brasileiros estão mais acostumados, com gasolina, álcool ou GNV (km/m³), na cidade e na estrada, além da classificação (de A a E) quanto à eficiência energética.

domingo, 9 de novembro de 2008

Dicas para manter a qualidade do ar-condicionado automotivo

O ar-condicionado automotivo, tão requisitado no verão e essencial aos motoristas que só se sentem seguros com os vidros fechados, funciona à base de gás de refrigeração e merece atenção especial. Ao contrário do que muitos costumam dizer, o gás não gasta nem envelhece, embora não esteja livre de vazamentos (que, aliás, são bastante comuns em nossos pisos para lá de acidentados). Tanto quanto o carro, o ar-condicionado também merece cuidados especiais e, para funcionar bem, deve ser ligado pelo menos uma vez por semana. Cerca de 70% dos problemas deve-se a vazamentos, mas também são comuns reclamações a respeito da parte elétrica e carga excessiva de gás durante a manutenção, o que pode ser explicado por desinformação do proprietário e serviços não qualificados. Por esse motivo, nada mais indicado que instalar os equipamentos adequados e, sempre, procurar um local onde mecânicos de ar sejam responsáveis pelo serviço. Alguns hábitos podem melhorar o funcionamento do ar-condicionado e também a vida dos motoristas.
De sol a sol – Depois de deixar o carro estacionado sob o sol forte, nada pior que enfrentar aquele calor dentro do veículo. Muitas vezes, o motorista fecha imediatamente os vidros e liga o ar. O ideal é deixar os vidros abertos por alguns minutos, com o ar-condicionado ligado, e depois fechá-los. Assim, o ar quente é dissipado, dando lugar ao ar mais frio. Outra dúvida comum diz respeito à utilização correta da recirculação. Esse recurso propicia um resfriamento mais rápido do automóvel e ainda impede que o ar externo entre no carro, o que é ideal para situações de trânsito pesado, com muita fumaça e poluição. Porém, a recirculação deve ficar ativa cerca de quinze minutos e depois desligada, evitando a sobrecarga do equipamento.
O equipamento de ar-condicionado é o mesmo para todos os modelos de carro?
Picapes, sport-utilities, sedãs, carros de luxo, veículos 1.0.
O aparelho de ar-condicionado é igual para todos? Não. Na verdade, a diferença está nos modelos 1.0. Para todos os outros, os equipamentos são similares. Nos carros 1000, o compressor tem que ser menor para que não aumente muito o peso do veículo nem altere o rendimento. Alguns especialistas aconselham os proprietários de modelos 1.0 a comprar o veículo com ar-condicionado de fábrica. Tudo para evitar que tenham dor de cabeça na hora que resolverem instalar o aparelho no mercado paralelo, já que, muitas vezes, as oficinas não utilizam o compressor correto e, por isso, todo o funcionamento do ar (e até mesmo do carro) fica comprometido.
Menos potência – Se, por exemplo, o compressor não for adequado, o carro pode perder tanta potência que o motorista corre o risco de ficar na mão em pleno trânsito. Isso mesmo. O carro pode parar no meio da rua por falta de potência. Daí o perigo.
Dica: preste atenção no funcionamento do ar-condicionado durante o ano inteiro. Procurar os problemas só durante o verão pode causar ainda mais dificuldades: as oficinas ficam lotadas e o serviço não é tão atencioso quanto poderia ser.
Leia também
Ar-condicionado: falta de manutenção pode causar doenças. Entenda por quê.
Dicas para ar-condicionado funcionar bem o ano todo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Manutenção - Ar na medida certa

Para que os pneus tenham durabilidade maior, é preciso ter atenção com alguns cuidados, que começam com a checagem da calibragem, seguindo as recomendações do fabricante


Os pneus são o elo entre o carro e o solo, por isso devem ser tratados com o devido respeito, pois são componentes de segurança. Mas muitas pessoas se esquecem de mantê-los conforme os padrões recomendados pelos fabricantes e com isso comprometem a durabilidade, colocando em risco a vidas de quem está no veículo. Saiba quais os cuidados que garantem vida longa aos pneus e segurança à sua família.


Calibragem Deve ser checada semanalmente para evitar o desgaste prematuro e irregular dos pneus e economizar combustível. De acordo com pesquisa divulgada por um fabricante, um veículo que circula com pneus com 20% a menos da pressão recomendada consome cerca de 2% a mais de combustível. Por isso, o motorista deve seguir as orientações previstas pelo fabricante do veículo, ou seja, deve colocar a pressão indicada no manual do proprietário.


Baixa pressão Pneus que não são calibrados regularmente perdem a pressão e ficam danificados, com desgaste geral acentuado, além de contribuírem para o aumento do consumo de combustível, devido à maior resistência ao rolamento. Provocam ainda a perda de estabilidade em curvas, devido à menor área de contato com o solo. A direção fica pesada, dificultando as manobras rápidas. O pneu vazio resulta em eventuais rachaduras na carcaça, na área dos flancos, devido ao aumento da flexão e do calor, além da soltura da banda de rodagem, iniciada pelos ombros. Ocorre também o desgaste prematuro dos terminais de direção, causado pelo aumento da exigência do sistema. Um pneu descalibrado, com baixa pressão, apresenta um risco bem maior de sofrer cortes quando o carro passa por buracos.


Pressão alta Se os pneus forem calibrados com a pressão acima do recomendado pelo manual, estão sujeitos a problemas como: perda de estabilidade em curvas, pois a área de contato com o solo é menor; rachaduras na base dos sulcos, devido ao esticamento excessivo; maior propensão a estouros por impacto, pois a absorção será menor; maior facilidade de perfuração, provocada pela rodagem mais rígida; e desconforto, pois o pneus absorve menos as irregularidades do piso.


Periodicidade O motorista deve checar a calibragem dos pneus pelo menos uma vez por semana. E isso deve ser feito quando eles estiverem frios. Portanto, o melhor é o motorista fazer a calibragem pela manhã e no posto mais próximo de casa, para evitar que se aqueçam. Não se esqueça de calibrar também o estepe, sempre com umas libras a mais do que os pneus de rodagem.


Tampinha e válvula Um acessório pequeno, mas importante, é a tampinha da válvula de enchimento do pneu. Sem ela, a válvula pode ser danificada por todo tipo de sujeira, chegando a travar, permitindo que o ar vaze. Quando trocar o pneu, substitua também a válvula, pois o ar comprimido contém impurezas que a resseca.
Desgaste A lei brasileira segue o padrão internacional: os sulcos dos pneus devem ter, no mínimo, 1,6 milímetro. Pneus "carecas" ou "frisados" (aqueles nos quais alguns borracheiros fazem sulcos novos quando a banda de rodagem está abaixo do limite legal) são um perigo, principalmente nas estradas, quando o veículo está em velocidades elevadas. Pneus muito desgastados reduzem a estabilidade em pisos molhados e facilitam a ocorrência de aquaplanagem (perda de contato do pneu com o solo devido à formação de uma lâmina d’água) em dias de chuva.
EQUILÍBRIO AlinhamentoQualquer alteração que ocorra nas especificações de alinhamento, ocasionada por impacto, trepidação, compressão lateral e desgaste dos componentes da suspensão, poderá comprometer o bom comportamento do veículo e provocar desgaste irregular e prematuro da banda de rodagem.
Quando fazer A cada 5 mil quilômetros ou a cada troca, quando os pneus estiverem apresentando desgaste excessivo na área do ombro e da banda de rodagem; trepidação das rodas dianteiras; volante duro; direção tendendo para os lados quando o motorista larga o volante; ou quando o carro desvia e puxa para o lado.
Balanceamento Você sabe o que acontece quando as rodas do seu carro ficam desbalanceadas? Elas danificam os pneus, roubam milhares de quilômetros deles e provocam um indesejável desconforto ao dirigir. O dano mais comum ocasionado pela falta de balanceamento é o desgaste acentuado e irregular em pontos alternados da banda de rodagem. O desconforto é ocasionado pela trepidação transmitida ao volante pela oscilação do conjunto pneu/roda, quando estão em movimento. Para obter o equilíbrio ideal entre o conjunto roda/pneu, deve-se fazer uma aplicação de contrapesos de chumbo nos pontos mais leves da roda.
Quando fazer A cada troca de pneus; por ocasião do rodízio; ao primeiro sinal de vibração ou desgaste irregular da banda de rodagem; e após ter efetuado reparo no pneu ou na câmara de ar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Parar X Estacionar - Você sabe a diferença?

Maioria dos motoristas acredita conhecer a lei e acha que ficar no veículo, sem desligar o motor, é o que determina a parada. Engano que pode custar muito caro
A intenção foi totalmente boa. Para não correr o risco de desviar a atenção nem atrapalhar o trânsito, o motorista Simão de Castro* encostou o carro e fez uma anotação rápida. Em poucos segundos, com o indicador de direção ligado, já estava saindo para continuar o percurso, quando foi abordado por um agente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), que lhe aplicou uma autuação. O motivo? Segundo o agente, o motorista estava estacionado em local proibido (placa proibido estacionar, mas permitido parar). Simão argumentou que não estava estacionado e insistiu que o próprio agente deveria ter visto que ele apenas parou, fez uma anotação rápida e já estava saindo. Não adiantou.O veículo de Simão não foi desligado, ele não desceu do carro e a "parada" foi muito rápida. Especialistas em trânsito concordam que o agente até poderia ter usado o bom senso e não precisava tê-lo notificado se, de fato, presenciou a cena como foi descrita. Mas, pelo rigor da lei, agiu certo. O Código de Trânsito Brasileiro, no anexo I, estabelece que "Parada é a imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros". E essa é a interpretação literal das autoridades de trânsito: qualquer outra situação é estacionamento.
Embarque/Desembarque "Pela lei, a parada é só quando demanda embarque ou desembarque de passageiros. E, como o tempo não é determinado claramente, será conforme o passageiro necessitar para sair ou entrar no carro. O motorista pode até descer para ajudar um idoso ou portador de necessidade especial, por exemplo. A lei não diz que não pode", explica o supervisor de operações da BHTrans, Carlile Tavares. Atender um celular, verificar se uma pedra atingiu a lanterna do veículo, esperar por alguém ou qualquer outra situação em que, teoricamente, haveria argumentos para a caracterização de uma parada, são considerados estacionamento. Segundo Carlile, em muitos casos, o agente pode usar o bom senso para avaliar, mas, pela lei, não existem outras situações em que se é permitido parar, exceto para embarque/desembarque de passageiros.
Bom senso E o bom senso, na opinião da coordenadora do Núcleo de Educação para o Trânsito do DER-MG, Rosely Fantoni, é relativo. "É uma decisão muito pessoal. Por isso, deve-se sempre seguir o que está previsto em lei. E é preciso que haja leis para a convivência em coletividade. Nesse caso, parar, só para embarque/desembarque de passageiros. Senão, o indivíduo sempre vai ter desculpa para parar onde não deve", diz. Fica também a cargo do bom senso o julgamento do recurso. A advogada Luciana Mascarenhas, especialista em trânsito, é enfática ao ressaltar a peculiaridade da lei. "A parada tem que estar atrelada a embarque/desembarque. É muito comum, quando estão esperando por outras pessoas, os motoristas terem a ilusão de que estão parados, pois haverá um embarque. Mas a lei é clara quando fala no 'tempo necessário', ou seja, é só mesmo enquanto a pessoa entra ou sai do carro", explica. Quanto à possibilidade de recurso, a advogada ressalta que nenhum cidadão deve abrir mão do seu direito de defesa. Pode recorrer, alegando que estava parado por algum motivo específico, mas o deferimento ou não dependerá do bom senso do julgador.
Multa Estacionar onde apenas é permitido parar (placa - proibido estacionar) é infração média, com multa de R$ 85,13 e perda de quatro pontos na carteira. O veículo pode, ainda, ser removido. É um tipo de penalidade que, se mencionado em recurso, pode ser convertida em advertência por escrito (artigo 267/CTB).Pelas ruas de Belo Horizonte, o caderno de Veículos do jornal Estado de Minas perguntou a dezenas de motoristas se sabiam a diferença entre parar e estacionar. Ninguém soube. Confira acima algumas respostas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Negócio - Sonho sem pesadelo


Embora toda compra seja emocional, é preciso usar um pouco da razão no momento de adquirir veículo usado, tomando cuidados importantes antes de assinar o cheque
Ao comprar um carro usado, de particular, em feiras, agências ou concessionárias, o consumidor deve deixar de lado a paixão à primeira vista e tomar alguns cuidados importantes para não arrumar um verdadeiro "casamento forçado", sem direito a divórcio.
Mecânico É sempre bom levar um mecânico de confiança para uma análise geral do carro. Ele pode identificar problemas mais sérios. Se não for possível, o comprador deve fazer um test-drive, observando se sai fumaça azulada do escapamento, sintoma de que o motor está queimando óleo e, em breve, precisará de uma retífica; se a caixa de marchas emite barulhos diferentes, como um ronco, que é sinal de problemas; se a suspensão range ou permite que a carroceria balance muito ao passar por lombadas, o que significa que os amortecedores precisam ser trocados; se o volante está alinhado, pois, quando entorta em cima, é sinal de que algo também entortou embaixo; e se os freios estão funcionando perfeitamente (pedal não pode estar esponjoso, distância de parada não pode ser muito longa, entre outros).
Lanterneiro Mais importante do que levar um mecânico é pedir a um lanterneiro que examine o carro, pois a aparência, que é fundamental para a sua valorização ou não, depende, principalmente, do estado da lataria e da pintura. Esse profissional, com certeza, poderá identificar o tipo de acidente em que, porventura, o veículo tenha se envolvido e se o serviço de reparo foi de qualidade. Se não for possível levar um lanterneiro, observe se as portas, capô, pára-choque e tampa traseira estão alinhados ou se existem diferentes tons na pintura, que são sinais de que o carro se envolveu em alguma batida.
Pneus Observe bem o estado dos pneus, pois eles são caros. Um pneu 175/70 (medida mais comum) custa em torno de R$ 200. Se o comprador tiver que trocar os quatro, vai gastar cerca de R$ 800. Existem algumas malandragens de vendedores inescrupulosos, como virar o dano (rasgo, ovo etc.) para o lado de dentro, dificultando a visualização por parte do comprador.
Hodômetro Observar a quilometragem que aparece no hodômetro do veículo é importante, mas ela não é garantia de nada, pois atualmente existem fraudadores capazes de adulterar qualquer equipamento, seja ele digital, seja mecânico. Por isso, é fundamental que a quilometragem registrada no hodômetro seja compatível com o estado geral do veículo. Muitas vezes o carro acusa uma quilometragem baixa, que não condiz com o desgaste avançado de pedais, volante, alavanca do câmbio e até revestimento dos bancos. Nesses casos, provavelmente o hodômetro foi adulterado.
Motor trocado O comprador tem que prestar muita atenção ao comprar um veículo que teve o motor trocado, para não levar um verdadeiro "abacaxi" para casa. O Detran passou a exigir o número do motor no ato da transferência. Existem muitos carros rodando por ai que tiveram o propulsor trocado, mas o antigo proprietário não providenciou a regularização no Detran. Nesses casos, o comprador não consegue a transferência, porque o número do motor não bate com o que está registrado no órgão de trânsito. Algumas agências recorrem a um serviço privado de pesquisa, que informa se o número do motor é o mesmo registrado no Detran. Outro problema gerado por essa exigência é que, em alguns veículos (como Fiat Marea, Ford Ranger, entre outros), o número do motor fica tão escondido que o comprador tem que levar o carro a uma concessionária, para que sejam retiradas algumas peças (dependendo do veículo, esse serviço pode custar até mais de R$ 300) e emitido um laudo informando o número do motor. Portanto, carro com motor trocado precisa ter nota fiscal do novo propulsor.
Particulares Ao comprar um carro de particular, os cuidados devem ser maiores, principalmente com a documentação. Também é preciso cautela com algumas pessoas que se apresentam como particulares, mas que, na verdade, são vendedores profissionais não-regulamentados. Essas pessoas podem, inclusive, comercializar veículos salvados de segurados (os chamados perda total), sem informar ao cliente sobre isso.
Agências Se for comprar carro em agências, prefira aquelas que já estão há mais tempo estabelecidas no mercado. Procure também informações sobre a idoneidade do estabelecimento, perguntando por exemplo a quem já fez negócio com a empresa.
Feiras O cuidado também deve ser dobrado nesses locais e o negócio somente deve ser fechado na segunda-feira (as feiras são geralmente nos fins de semana), depois de uma ampla consulta aos órgãos de trânsito sobre multas, queixas de furto, impedimentos etc.
Carros PT Outros "abacaxis" que circulam por ai são os carros batidos que são dados como perda total pelas seguradoras e acabam vendidos em leilões. Tem muita gente recuperando esses carros e os vendendo como se não tivessem se envolvido em um grave acidente. Além do problema da insegurança, o comprador desse tipo de veículo tem o desgosto de não conseguir fazer seguro do veículo, pois as próprias seguradoras não aceitam (elas têm uma lista com os números de chassis desses carros) e não informam aos Detrans e ao público de uma forma geral (por meio de sites, por exemplo) quais veículos foram dados como perda total. Pesquisar junto às seguradoras para saber se elas fariam seguro do veículo pretendido é uma atitude providencial para evitar a compra de um carro perda total.
Micos Não custa nada fazer uma pesquisa de mercado para saber se o carro que está sendo comprado é daqueles que acabam gerando um "casamento", em vez de um negócio.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ford divulga imagem do novo Fusion

Modelo estará disponível no próximo ano aos americanos
A Ford divulgou nesta quarta-feira (29) uma fotografia da versão 2010 do Fusion norte-americano, sedan médio da marca. As linhas do automóvel ficaram mais agressivas, com faróis angulados e uma grade cromada ainda maior. Segundo o press-release divulgado pela marca, o fabricante disponibilizará três motorizações: um quatro cilindros Duratec, de 2,5L e 174cv, uma versão retrabalhada do V6 3,0L com 240cv, e por fim, um novo propulsor V6 3,5L com impressionantes 263cv. Todas as versões utilizarão o câmbio 6F35 da Ford, automático de seis velocidades.

Manutenção - Começando do zero

Pneus com menos de 1,6mm de sulco devem ser substituídos. Fique atento para as luzes vermelhas de advertência


Você acabou de fechar o negócio e, embora esteja feliz com o carrão, não sabe como o ex-dono cuidava dele. Para evitar decepções, é bom tomar alguns cuidados iniciais Para que a felicidade com a compra do carro usado não se transforme em decepção, comece criando um novo plano de manutenção para o veículo. Substituir algumas peças, como a correia dentada, por exemplo, pode evitar grandes prejuízos depois.
Correira dentada A sua troca deve ser a primeira providência após a compra do carro, pois, se arrebentar, pode danificar válvulas, pistãos e até bielas, causando um grande prejuízo.
Óleo A troca deve ser a segunda medida depois de receber as chaves, pois o óleo é responsável não só pela lubrificação como pela refrigeração do motor. É importante lembrar que o filtro também deve ser substituído, para evitar a contaminação do óleo novo. O produto tem que ter as especificações previstas no manual do proprietário, e deve ser trocado a cada seis meses ou 5.000 quilômetros.
Filtros São baratos e vale a pena trocá-los após fechar o negócio. Além dos filtros de combustível e de ar, não se esqueça do filtro de cabine, do sistema de ar-condicionado, que pode evitar doenças respiratórias.
Líquidos Como você não sabe quando o proprietário anterior trocou o fluido de freio e da direção hidráulica e o líquido do sistema de refrigeração, o melhor é levar o carro ao mecânico de confiança e pedir que ele faça a substituição de todos.
Pastilhas e lonas Assim que puder, faça uma revisão do sistema de freios, trocando, além do fluido de freio, pastilhas e lonas, para evitar que elas danifiquem discos e tambores.



Filtro de ar sujo aumenta o consumo de combustível. Verifique também o estado dos cintos de segurança
Cinto de segurança Todos os cintos de segurança devem ser substituídos após choques frontais, "off-set" (de quina), laterais ou capotamentos. Portanto, se existe a suspeita de que seu carro esteve envolvido em algum acidente, e foi submetido a um esforço muito grande, é melhor trocá-los, para que possam salvar as vidas dos ocupantes na próxima vez. Lembre-se também de que o cinto tem data de validade (geralmente fica numa etiqueta, na fita do cinto).
Luzes Peça a um eletricista de confiança para checar se todas as luzes do painel estão funcionando de forma correta, pois são alertas sobre problemas. Fique de olho principalmente nas luzes de pressão do óleo (indica que o nível está baixo e você deve parar no primeiro posto para trocar ou completar, com o óleo correto), de temperatura (se piscar de forma intermitente é sinal de que o motor está com superaquecimento e você deve parar o carro imediatamente), de freio (que indica problemas no circuito, como nível de fluido muito baixo) e de cinto (que vai lembrá-lo de colocar o cinto, que pode salvar sua vida e evitar multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos no prontuário).
Pneus Não devem ter sulcos com menos de 1,6 mm de profundidade, "ovos" nas laterais ou rasgos na banda de rodagem para poderem oferecer segurança. Você também deve ficar atento para saber se o pneu tem as especificações corretas para o seu veículo, como índices de carga e velocidade, pois o antigo dono, para economizar na hora da venda, pode ter colocado pneus diferentes, que não são apropriados para o desempenho do carro. Não se esqueça também de calibrá-los corretamente antes do primeiro passeio.
Alinhamento e balanceamento São procedimentos relativamente baratos e devem ser feitos logo que possível, para evitar o consumo prematuro dos pneus, o desequilíbrio do carro e o desgaste do sistema de direção.
Equipamentos Lembre-se de conferir se o estepe, a chave de roda e o macaco estão em condições de uso, para não ter que ficar no acostamento esperando por uma ajuda.
Recall Ligue para o serviço de atendimento da marca e procure saber se existe algum tipo de recall (chamado para substituição gratuita de componentes com defeitos) programado para o seu veículo e se o dono anterior o levou até o concessionário para essa troca. Você terá que fornecer o número do chassi.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Preço não é tudo

Carro de custo ultrabaixo traz mais dúvidas do que certezas
Ainda é cedo para tirar conclusões, mas a crise econômica global pode trazer reflexos profundos à gama de produtos da indústria automobilística. Em cada continente o cenário apresenta contornos diferentes. Nos EUA, apesar da queda de 50% no preço do petróleo, parece irreversível a diminuição do tamanho dos carros e um encolhimento de participação de picapes e utilitários esporte nas vendas totais. O consumidor americano - meio a contragosto - aparentemente se convenceu de que sedãs/hatches/stations são mais racionais para o uso nas cidades. Devem voltar a representar mais de 60% das vendas totais em curto prazo. A sociedade aprendeu que, além do preço da gasolina, pesa bastante a dependência de países complicados para fornecimento de petróleo.No outro lado do Atlântico, a Europa sempre forçou o uso racional por meio da forte taxação sobre os combustíveis. Porém, a idéia fixa sobre as emissões de gás carbônico (CO2) vai encarecer a produção e, provavelmente, a economia associada de consumo obtida em cada motor não compensará o preço mais alto dos novos modelos. É possível que a meta de diminuição gradativa de CO2 seja abrandada.No Japão sinais de mudanças são tênues. Motores a diesel não têm quase nenhuma aceitação por lá e os híbridos combustão-elétrico ainda patinam. Microcarros já fazem parte da paisagem urbana - mais de um terço do mercado - e talvez continuem a avançar.E o Brasil? Com ajuda dos biocombustíveis, em especial o etanol, a situação mostra-se de certa forma confortável. Cerca de 80% das vendas concentram-se em modelos compactos e derivados (inclusive picapes). Nos últimos tempos, se voltou a discutir a possibilidade de fabricar aqui os chamados veículos de custo ultrabaixo. Algo parecido ao indiano Tata Nano, por US$ 3.000, o mais barato do mundo. No recente Congresso da SAE Brasil, entidade de engenheiros da mobilidade, o tema mereceu um painel à parte.A realidade na Índia, onde motos e triciclos reinam, é bem diferente. O que se debateu foi a aceitação de um modelo similar no Brasil. Considerando a taxa de câmbio em torno dos 2 reais por dólar, acrescendo impostos e margens de comercialização, o Nano teria preço sugerido teórico de R$ 12.800,00. Ocorre que lhe faltam muitos componentes, desde a tampa do porta-malas à tampa do porta-luvas, sem contar o motor de baixa potência e rodas pequenas (12 pol.). No total, 12 itens. O estudo avaliou quanto o comprador estaria disposto a pagar para atingir o nível de equipamentos do carro nacional mais barato. A soma deu R$ 20,2 mil, mesmo compensando as duas portas a mais do indiano. O Mille de entrada custa R$ 23,2 mil.Encontraria compradores por uma diferença de preço tão pequena? Talvez sim, mas a questão crucial é se a procura sustentaria a viabilidade de produção. O Gurgel BR-800, fabricado entre 1988 e 1991, foi o produto nacional mais próximo do conceito Nano. Sem escala produtiva, nunca apresentou preço competitivo, apesar do generoso incentivo fiscal na forma de alíquota do IPI criada especificamente para o modelo (5%). Como preço não é tudo, o carro de custo ultrabaixo traz mais dúvidas do que certezas.
RODA VIVA
ANFAVEA vai propor ao Denatran um novo cronograma para instalação de rastreadores em todos os veículos, previsto para iniciar em agosto de 2009. O programa começaria em janeiro de 2010 pelos modelos mais caros. Gradualmente se estenderia ao restante da produção ate o final de 2010. Espera-se que roubos e furtos de veículos, além do preço do seguro, diminuam.
MOTOR a gasolina de 4 cilindros, 2,7 litros, 158 cv é o grande destaque da Hilux 2009, que recebeu retoques na parte dianteira. Disponível só na versão SR, cabine dupla, 4x2, custa R$ 80 mil – cerca de R$ 18 mil a menos que a diesel equivalente. Traz conforto acústico ímpar para uma picape media. Toyota espera participação nas vendas de 10%, mas potencial é maior.
HILUX SW4 mudou mais visualmente e agora pode transportar sete passageiros (na última fileira, só de baixa estatura). Resultado indica certo rebuscamento de estilo, talvez desnecessário. Motor de ciclo Otto será flex, quando estiver disponível dentro de seis meses (Toyota admite, sem sinalizar prazo). Suspensões continuam muito bem acertadas e novo revestimento em couro bege, melhor.
EFEITO colateral da possível compra da Chrysler pela General Motors surgiria nas estatísticas globais de vendas de veículos. Embora sem importância para a conclusão das negociações, a GM recuperaria o posto de maior produtor mundial com certa folga. Este ano tudo indica que a Toyota alcançaria aquela posição, dependendo de alguns mercados. A empresa americana lidera há 77 anos.
NOVO triciclo nacional, o Pompéo, em desenvolvimento há dois anos, tem chamado atenção até no exterior. A motorização prevista está entre 250 e 500 cm³ de baixo peso. Há estudos de aplicação híbrida ou mesmo elétrica. Pormenores do projeto podem ser vistos em www.triciclopompeo.com.br .