sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sensor de ré

Ele promete ajudar quem tem carro com estepe ou engate na traseira e evitar danos no carro de terceiros

Um dia eu passei pela experiência nada agradável de estacionar um Ford Eco Sport na frente de um Honda Fit. Após uma baliza, certo de que havia espaço de sobra na traseira, continuei a dar marcha à ré. Até que, aos gritos, o dono do Fit protestava que o estepe do EcoSport havia tocado no capô de seu carro. Ao dar ré em automóveis com certas saliências na traseira, caso de um estepe ou um engate de reboque, nem sempre percebemos o risco que nosso carro ou, pior, o dos outros corre.

O problema é que a maioria dos sensores de estacionamento que se popularizaram nas lojas de acessórios também está programada para pensar no para-choque como limite traseiro do veículo. Por isso a empresa Dalgas desenvolveu a linha de sensores inteligentes Park Master, que no ato da instalação podem ser programados para essa função específica. Em vez de alertar o motorista com um bip contínuo quando o obstáculo está a 30 cm do para-choque traseiro, o sensor leva em conta o limite do pneu ou do engate, por exemplo.

O alerta começa a funcionar quando há um objeto a menos de 2 m. São três zonas de atuação: dinâmica (o equipamento detecta um obstáculo a até 2 m e produz um sinal sonoro intermitente, mas apenas com o veículo em movimento), estática (detecta um obstáculo a até 1,20 m, mesmo com o carro parado) e contínua (acusa o obstáculo a até 30 cm e emite um sinal sonoro contínuo, tanto com o automóvel parado quanto em movimento). Instalado, o equipamento tem preço sugerido de 890 reais. No caso de para-choques pintados, é preciso mandar pintar o sensor da mesma cor. A colocação leva no máximo uma hora e meia.

Após a instalação, que requer quatro furos no parachoque, testamos o equipamento em três situações: em uma parede, em outro automóvel justamente um Fit) e em um poste estreito (um dos maiores vilões de manobras nas ruas). Em todos os casos, eu pisava no freio ao primeiro som do tosque contínuo. No nosso teste, o estepe parou a 29 cm da parede, a 28 cm do para-choque do Fit e a 26 cm do poste. “Essa diferença ocorre em razão do tempo de reação do motorista”, afirma Charles Menezes, responsável pela área de desenvolvimento da Dalgas. No último caso, o poste de placa de sinalização estava um pouco inclinado, com a parte superior mais próxima do carro, daí a diferença menor. É o tipo de acessório que evita muitas situações chatas, de amassadinhos ou coisa pior.


CUMPRE O QUE PROMETE? SIM

Instalado num EcoSport, o Park Master detectou a presença de obstáculos levando em conta o estepe, permitindo uma parada segura a cerca de 30 cm de uma parede, um carro ou um poste.


ONDE ENCONTRAR

(11) 3579-1100

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cadeirinhas com selo

Agora, somente cadeirinhas com selo do imetro podem ser comercializadas

Desde o mês de abril de 2009 é obrigatório: todos os dispositivos de retenção para transporte de crianças à venda no país – bebê-conforto, cadeirinha e assento de elevação – devem ter na loja o selo do Inmetro, responsável por garantir que o produto foi submetido a uma série de testes que comprovam sua qualidade e segurança. A exigência é válida para produtos nacionais ou para importados. Loja que comercializar a cadeirinha sem o selo pode ser multada em até 500 000 reais, além de ter o produto recolhido. “Já temos agendada uma fiscalização para o país inteiro. Eu mesmo não tenho mais encontrado produtos sem o selo do Inmetro no mercado”, afirma Gustavo José Kuster, gerente de avaliação da conformidade do órgão. O selo de certificação, que é holográfico para dificultar a falsificação, precisa estar em local visível – em geral, na lateral da cadeirinha, sobre a superfície plástica.

Para ganhar essa certificação, as cadeirinhas passaram por testes realizados em laboratórios europeus reconhecidos pelo Inmetro. Os ensaios levaram em conta basicamente três pontos: informação (dados que auxiliam a instalação da cadeirinha e manual de instruções), avaliação estática (se elas têm bons encaixes, se há pontas cortantes ou arestas que possam ferir crianças e adultos) e dinâmica (foram submetidas a crash-tests para verificar como se comportam em acidente). Os critérios para sua aprovação no Brasil são adaptações das normas que vigoram nos Estados Unidos e na Europa, conhecidos por terem uma legislação rigorosa. Ou seja, na hora de escolher a cadeirinha ideal para seu filho, o selo serve para garantir um padrão mínimo de segurança. “Observamos que apenas os adultos tinham o recurso dos cintos de segurança. Por isso optamos por tornar a certificação obrigatória nos dispositivos de retenção”, diz Alfredo Lobo, diretor de qualidade do Inmetro.

Cada um na sua

Na hora de escolher a cadeirinha ideal, o primeiro detalhe a observar é o grupo a que pertence a criança. Há quem pense que recémnascidos não podem ser colocados em bebês-conforto. Puro engano! A criança já pode (e deve) sair da maternidade devidamente acomodada em um. Há basicamente três tipos de dispositivos de retenção: o bebê-conforto (até 1 ano de idade), a cadeirinha propriamente dita (de 1 a 4 anos), e o assento de elevação ou booster (de 4 a 10 anos).

Aliás, crianças até 10 anos devem viajar sempre no banco de trás. “Levar a criança solta é um absurdo. Por menor que seja a distância, é um risco tremendo tanto para a criança quanto para os passageiros do banco da frente. Numa batida, ela é arremessada com um peso 20 ou 30 vezes maior que o dela”, diz Kuster. Estatísticas americanas atestam que o bebê-conforto reduz em até 71% o risco de morte. Isso ocorre porque ele funciona como uma célula de sobrevivência. A cadeirinha, por sua vez, diminui o risco em 64%.

“É importante ressaltar que preço não tem relação direta com segurança. O selo é agora uma garantia de eficácia”, afirma Alessandra Françóia, coordenadora da ONG Criança Segura, entidade dedicada à prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. Ou seja, uma cadeirinha de preço alto não necessariamente é mais segura que uma mais em conta. No entanto, modelos de automóvel mais sofisticados (e mais caros) favorecem a colocação da cadeirinha de forma segura e eficaz. Exemplo: se o carro tem cinto de três pontos no centro do banco traseiro, a criança fica mais protegida de um impacto lateral. Ou mesmo se o veículo é dotado de Isofix, sistema que permite a instalação da cadeirinha de forma mais prática e segura.

Porém de nada adianta adquirir um modelo caríssimo se ele não for bem instalado ou se a criança não for adequadamente posicionada. Em primeiro lugar, a cadeira não pode ficar “dançando” no banco. O cinto deve estar bem esticado – e uma dica prática é usar o peso de seu corpo, apoiando com o joelho, para tirar qualquer folga. Na hora de acomodar a criança, verifique se as tiras saem de cima (e não de trás dos ombros). Elas devem ter apenas um dedo de folga. Prenda o fecho e ouça um clique. Deu certo? Uma boa cadeirinha é aquela em que a criança não consegue soltar-se, mas o adulto precisa conseguir tirá-la em um clique, em geral aplicando uma força no fecho equivalente a 4 kg, o que não é nada fácil para um pequeno fazer sozinho. “Os fechos, bem como os manuais de instrução, foram obrigados a dar uma bela melhorada com a norma”, diz Alessandra.

O manual de instruções também deve especificar outros detalhes, mais ligados à funcionalidade que à segurança. Exemplo: algumas cadeirinhas têm superfície de tecido facilmente retirável e lavável. Outras não podem ser retiradas e a forma de limpar (quem tem criança sabe como se sujam...) é aplicando algum produto. “Cada um vai preferir um tipo de tecido. Ao comprar uma cadeirinha, teste e avalie a praticidade do uso. Não tenha vergonha de ir à loja, experimentálas no carro. Conte até com a ajuda do seu filho para escolher o modelo, verificando com qual ele se sente melhor”, afirma a coordenadora da ONG.

A vez dos pais

Essa mobilização em torno das cadeirinhas chega para amenizar estatísticas preocupantes. Segundo o Ministério da Saúde, em 2005 morreram vítimas de acidentes de trânsito no Brasil 2 326 crianças com idade até 14 anos. Dessas, 551 (ou 24%) eram ocupantes de veículos. No mesmo ano, foram 17 781 casos de hospitalização de crianças por acidentes de trânsito, sendo 2 922 ocupantes de veículos – grande parte ficará com sequelas desse acidente por toda a vida. “Os relatos que mais recebemos de acidentes graves são de crianças mais velhas, ou seja, que já deixaram a cadeirinha, mas estão soltas no automóvel”, diz Alessandra. Daí a importância do uso do assento de elevação ou booster, que custa de 110 (só o assento) a 265 reais (assento com encosto), e que deve ser usado quando a criança tem de 4 a 10 anos, portanto ainda pequena para usar o cinto de três pontos.

Se há um ano foi a vez de os fabricantes se enquadrarem e agora é a vez das lojas, daqui a um ano será a vez dos pais. É o que diz a resolução 277 do Contran, de 2008. Ela determina que, a partir de 9 de junho de 2010, menores de 10 anos devem ser transportados nos bancos traseiros usando individualmente um sistema de retenção adequado à sua idade (as exceções são coletivos, táxis, veículos de transporte escolar e os com peso total superior a 3,5 toneladas).

A norma manda ainda que os manuais dos automóveis tragam informações sobre o transporte de crianças. A partir deste mês deve começar uma campanha educativa por parte de órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito. O início da fiscalização está previsto para junho de 2010. Transportar criança de forma inadequada será então considerada infração gravíssima – 7 pontos na carteira e multa de 191,54 reais. Quem sabe assim os motoristas brasileiros param de achar que o pior só acontece com os outros e aprendem onde entra a criança nessa discussão: sempre no banco de trás, presa na cadeirinha.


ISOFIX

O Isofix é um tipo de fixação de cadeirinhas obrigatório nos Estados Unidos, mas pouco conhecido no Brasil. São três ganchos de fixação, dois inferiores e um superior, que permitem instalação rápida, prática e mais segura, já que são presos à estrutura do veículo. O Isofix vem de série em carros como Golf, Polo, Captiva, Peugeot 307, entre outros. Há sistemas similares conhecidos por outros nomes dependendo do país – Latch nos EUA e Luas ou Canfix no Canadá, por exemplo.


BEBÊ-CONFORTO (OU ASSENTO CONVERSÍVEL)

Quem usa: recém-nascido até 9 ou 13 kg (depende do fabricante) ou 1 ano.

Posição: no banco traseiro, de costas para o para-brisa do carro.


Recomendações: as tiras devem ficar abaixo dos ombros e ajustadas ao corpo da criança com um dedo de folga. A cabeça deve descansar de forma plana na concha da cadeirinha. Nunca a recline mais de 45 graus.


Instalação: o cinto de segurança do carro deve passar pelos locais indicados da cadeirinha e ela não deve se mover mais que 2 cm para os lados, após a fixação. É recomendável utilizar um clipe de segurança, que trava o cinto do carro, evitando que ele fique frouxo.

CADEIRA DE SEGURANÇA

Quem usa: de 9 a 18 kg, cerca de 1 a 4 anos.
Posição: no banco traseiro, voltada para a frente, na posição vertical.

Recomendações: as tiras da cadeira devem estar acima dos ombros e ajustadas ao corpo da criança com um dedo de folga. Nunca coloque nada entre a criança e a cadeira.


Instalação: o cinto de segurança do carro deve passar pelos locais indicados da cadeira e ela não deve se mover mais que 2 cm para os lados, após a fixação. Também pode ser necessário o uso de um clipe de segurança.

ASSENTO DE ELEVAÇÃO OU BOOSTER

Quem usa: de 18 a 36 kg, cerca de 4 a 7 anos e meio.
Posição: no banco traseiro, apenas com cinto de três pontos.

Recomendações: o assento de elevação serve para que o cinto de três pontos passe nos locais certos (centro do ombro, cruzando o peito e envolvendo os quadris), como em um adulto. Não improvise com almofadas ou outros objetos. É importante que o carro tenha encosto de cabeça instalado. Até os 10 anos, as crianças devem se sentar no banco traseiro. Ou seja, os dispositivos de retenção nunca devem ser colocados no banco da frente.

A PROVA DO ASSENTO

Como todas as novas cadeirinhas com selo do Inmetro oferecem bom padrão de segurança, fizemos um teste para saber quais oferecem mais recursos e facilidade de uso, contando com a consultoria de Alessandra Françóia, coordenadora da ONG Criança Segura. Para o teste, convidamos as marcas mais vendidas e que já tivessem certificação. Convidadas, Chicco e Galzerano não deram resposta.


BEBÊS-CONFORTO


Infanti Remi Top N100
(11) 4072-4000
R$ 490
NOTA: 9
Peso: até 18 kg
Prós: ótimo custo-benefício, pois dura desde que a criança nasce até que ela complete 4 anos
Contra: é mais complicado de instalar, pois não oferece espaço para colocação do clipe de segurança, que vai encaixado no mesmo fecho do cinto do carro


Peg Pérego Primo Viaggio Tri-Fix
(19) 3404-2000
R$ 800
NOTA: 9
Peso: até 13 kg
Prós: base simples de ajustar (basta apertar um botão), fácil colocação no carro, sistema de retenção de cinco pontos, distribuindo melhor a energia em caso de impacto
Contra: é caro demais, para um bebê-conforto vendido sozinho


Burigotto Touring SE
(19) 3404-2000
R$ 160
NOTA: 8
Peso: até 13 kg
Prós: tem estrutura de plástico de engenharia, leve e resistente, concha arredondada para balanço e duas posições de regulagem do cinto na altura dos ombros
Contra: vem sem base ajustável, que facilitaria na hora de instalá-la corretamente no automóvel


Infanti Z005

(11) 4072-4000
R$ 1 200 (acompanha base e carrinho)
NOTA: 7,5
Peso: até 13 kg
Prós: tem indicador do nível de instalação, usa tecido acolchoado removível e se encaixa num carrinho
Contras: a base é ajustável em três alturas, mas requer retirada de clipes para completar a operação. Como vem num kit com carrinho de bebê, é cara demais


Infanti Star Lava
(11) 4072-4000
R$ 490
NOTA: 9,5
Peso: 9 a 36 kg
Prós: por ser estreita, ocupa menos espaço no banco do automóvel; além disso, pode ser usada como cadeira até os 4 anos e depois, retirando-se o encosto, vira um assento de elevação (booster)
Contra: embora prometa uma boa inclinação, ela de fato inclina pouco


Burigotto Neo Matrix
(19) 3404-2000
R$ 430
NOTA: 9
Peso: 9 a 25 kg
Prós: reclinação é considerável, traz um prático porta-mamadeiras e tem duas posições de regulagem do cinto na altura dos ombros
Contra: todas as vezes que é necessário reclinar a cadeirinha, também é preciso fazer um novo ajuste no cinto


Britax Eclipse Si
(19) 3404-2000
R$ 800
NOTA: 8
Peso: 9 a 18 kg
Prós: entre as avaliadas, é a única que pode ser colocada só no cinto abdominal, ou seja, pode ir no centro do banco traseiro até nos carros mais modestos; para reclinála não é preciso mexer no cinto
Contra: seu uso é limitado, vai apenas até 18 kg (ou 3 anos)


Axiss (Bébé Confort by Dican)
(11) 3611-8080
R$ 2 000
NOTA: 8
Peso: 9 a 18 kg
Prós: o fato de ter base giratória é muito prático para colocar e retirar a criança; seu tecido é removível e lavável
Contras: é a mais cara de todas as que participaram do teste, além de ser pesada para transportar

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pai procura carro com Isofix

Estou voltando ao Brasil após muitos anos fora e comigo trarei meu filho – com a cadeirinha de bebê. Apesar de procurar como um louco, não encontro nenhuma tabela que mostre que carros possuam Isofix. Você poderia me ajudar? – Sam Wellington – Grand Prairie – Texas (EUA)

R.: O sistema Isofix de fixação das cadeirinhas de bebê – que é item obrigatório nos Estados Unidos -- é pouco conhecido (e valorizado) no Brasil. Mas existem alguns modelos oferecidos no país que possuem esse dispositivo de segurança.

Entre os nacionais o Fiat Stilo Abarth, o VW Polo e o VW Golf já contam com Isofix. E, entre os importados, há o Chevrolet Captiva, todos os Peugeot das famílias 307 e 407, todos os Citroën importados, os VW New Beetle, Bora, Passat e Jetta e todos os BMW, Volvo e Mercedes, no segmento de luxo.

Isofix é um sistema de retenção de cadeirinhas que consiste de três ganchos de fixação (dois inferiores e um superior) e tem como finalidade permitir a instalação rápida e segura das cadeirinhas, dispensando o uso dos cintos de segurança dos veículos, os quais não oferecem a mesma eficiência dos ganchos.

Esse sistema estabeleceu um padrão universal para fixação de cadeirinhas foi criado por norma ISO (International Organisation for Standarisation), dai o nome ISOFIX.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Trocando as rodas do carro

Entrevista com Roberto Colonial, da Colonial Racing, sobre como trocar as rodas ou colocar pneus mais largos que os originais sem comprometer o bom funcionamento do carro.

Autopeças sem controle

Brasil tem um dos sistemas de controle de segurança de peças e componentes mais frouxos do mundo
Com uma frota real circulante que deve chegar a 30 milhões de veículos (sem incluir motocicletas) já no final deste ano, o Brasil tem um dos sistemas de controle de segurança de peças e componentes mais frouxos do mundo. Na realidade, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) certificou até agora apenas pneus – inclusive remoldados, de forma controversa – e vidros. Outros importantes itens continuam de fora e caberia ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem o Inmetro sob sua responsabilidade, tomar atitudes pró-ativas há muito mais tempo.

O cenário, ainda bem, está mudando. Aparentemente menos por motivo de segurança do que pela ameaça de concorrentes externos. Exportadores asiáticos, em especial da China onde o preço da mão de obra pode ser até 70% inferior ao Brasil, vêm invadindo o mercado de reposição com componentes muito baratos. Como não havia barreiras quanto à segurança e qualidade, essa importação predatória começou a atingir a indústria brasileira de autopeças. Afinal, seguir normas internacionais e ainda enfrentar concorrência injusta custa empregos e faturamento aqui.

O Sindipeças acionou o Inmetro e, finalmente, se implantou um programa de trabalho que reúne todas as condições de dar certo. Uma lista de dez itens comprova que se exige muito esforço pela frente: rodas, rolamentos, correias/tubos/mangueiras, espelhos retrovisores, bombas de combustível, líquido aditivo para o radiador e sistemas de freios (lonas/pastilhas), direção, iluminação e suspensões.

A burocracia a obedecer é longa. Se não houver enquadramento prévio do componente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o processo torna-se ainda mais lento. Existe ainda uma etapa de consulta pública. Depois de analisadas as sugestões e publicada a certificação, o Inmetro concede, em média, um ano para a indústria e outro ano para o comércio, até que se possa iniciar a fiscalização efetiva.

Enquanto isso o consumidor deve ter cuidado com os fornecedores, pois selos de conformidade ainda demoram. Rodas são o primeiro item a certificar. A consulta pública ainda se iniciará. Improvável que antes de março de 2010 o Inmetro, que segue procedimentos internacionais, publique a primeira certificação. As marcas do instituto deverão se aplicar por estampagem nas peças e/ou embalagens.

Segundo Leonardo Rocha, do Inmetro, “a existência de normas publicadas é fator primordial no início do processo”. Em outras palavras, a ordem não segue a hierarquia de segurança. Assim, bombas de combustível, por hipótese, podem ser certificadas antes de sistemas de iluminação. Infelizmente, nesse campo, não há o que fazer. Trabalha-se, no entanto, em várias frentes: pastilhas e lonas de freio; barras e terminais de direção estão em análise.
O Inmetro, dentro de limitações orçamentárias e de pessoal, movimenta-se com alguma lentidão. Porém, uma etapa primordial será a fiscalização, que cabe aos estados, por meio dos Institutos de Pesos e Medidas (Ipem). Se a vigilância, além daquela do próprio consumidor, for fraca, acidentes graves continuarão a correr.


RODA VIVA


NOVA família de motores da Ford, batizada internamente de Sigma Zetec, já nascerá com versões flexíveis etanol-gasolina. A fábrica de Taubaté (SP) inicia, em breve, a produção piloto. No final do ano, o Focus da geração atual terá a versão de 1,6 litro flex (em torno de 120 cv, com etanol), encerrando de vez a fabricação da geração anterior do modelo argentino.

OUTRO exemplo de flexibilidade das arquiteturas atuais: BMW X1 partilha com o X3 e os sedãs, cupês e conversíveis da Série 3, da marca premium alemã, a mesma base. X1 é o utilitário esporte compacto (mas nem tanto, pelo bom espaço interno em relação ao Série 1) da linha, com aspecto de crossover. A fábrica apressa a chegada aqui: primeiras unidades à venda em janeiro.

CAPTIVA, com motor Ecotec de 2,4 l/171 cv, tem conjunto mais bem equilibrado que a versão V-6 (90 cv adicionais). Mostra agilidade, em cidade e estrada, sem a instabilidade direcional observada ao se acelerar com empenho o motor de maior cilindrada. A diferença de quase R$ 20.000,00 em relação à versão topo de linha também explica as boas vendas do modelo mexicano.

DAVID Reilley, vice-presidente de Operações Internacionais da GM, em visita ao Brasil, reconheceu: Projeto Onix poderá encontrar bom mercado fora do país. Previsto para a unidade de Gravataí (RS), sucederá os atuais Celta/Prisma em 2011/12. Admitiu que a atual estrutura de capital da matriz pode antecipar a fase de lucros e pagamento de empréstimos.

PARTICIPAÇÃO de motores diesel na Europa Ocidental e Central caiu bruscamente para 44% do total, no primeiro semestre. Percentual é menor se incluída a parte oriental. Deve-se ao aumento do diesel em relação à gasolina e à demanda maior por modelos compactos em que os custos maiores do motor diesel têm grande impacto.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Entenda como usar o câmbio automático

Autoesporte esclarece as principais dúvidas sobre a transmissão automática

Xing Ling. Os chineses uruguaios chegaram

Chineses chegam com pompa, circunstancia e vontade
Os chineses chegam com pompa, circunstancia, e vontade. Em lugar de importações episódicas através de representante, atracam pela Chery Motors, maior de suas montadoras, para apresentar o Chery Tiggo dia 24, com vendas imediatas.

É utilitário esportivo lembrando versão anterior do Toyota RAV4, motor 2.0, potencia estimada em 130 cv, transmissão mecânica de cinco velocidades, tração dianteira, ar condicionado, direção com assistência hidráulica, bolsas de ar e ABS nos freios. Preço? Informado como R$ 49 mil.

Não será representante do MST na fazenda alheia, mas vizinho incômodo. No desejado segmento de mercado em expansão, mira no Ford EcoSport, com preço assemelhado, mas afetará concorrentes de cotação superior, o Mitsubishi Pajero TR4, mecanicamente muito melhor dotado, e um líder visto com cautelas, o Hyundai Tucson. O Tiggo surge com a diferença de custar substancialmente menos.

É chinês, com peças multinacionais lá produzidas, e outras brasileiras, argentinas e uruguaias, onde tem montagem finalizada. Entre peças e processos forma percentual de conteúdo Mercosul que permite ser importado com isenção alfandegária.

A operação é da Socma, montadora dos vizinhos orientais, é comandada pelo argentino Francisco Macri, multimilionário, ex-montador de Renaults, Peugeots e Chevrolets em seu país.

Não se espere acabamento de Range Rover ou Mitsubishi Pajero Full. E se o consumidor tem dúvidas quanto à segurança, deve levá-las ao Bispo, sem perder tempo em gabinetes oficiais. Por razões de comodismo nunca explicáveis ou justificadas, não há testes oficiais no Brasil para aferir segurança ou operacionalidade de automóveis, nacionais ou importados.

Ser revendedor de marcas exóticas, como a Chery, de países sem tradição, é uma “furada”? A marca conquistou a adesão de um dos empresários de maior vivencia, conhecimento, e lucros na atividade. Ricardo Costin, ex-diretor da Renault, da Fiat, e atual concessionário Peugeot e Volvo, assumiu a bandeira em Minas. Nome e fama de Costin são aval a outros interessados.

E as motos Kawasaki também

Apostando na expansão do mercado nacional, e atraída pelas facilidades do processo industrial e as vantagens tributárias da Zona Franca de Manaus, a Kawasaki destinou US$ 40M para instalar-se no Brasil. Adquiriu galpão e procede à instalação de maquinário inicial para a montagem e início de nacionalização.

Tomou pé em S Paulo, de onde dirige o negócio, quer fechar o ano com 25 distribuidores nomeados. Oferecerá leque de produtos: motos, capitaneadas pela mítica Ninja em sua versão ZX 10R.

Negócio inicialmente pequeno, com motos. Próximo ano, além das motos Jet Skies e um quadriciclo diesel, para trabalho, e missão pela frente: atender com peças, acessórios e serviços os clientes de suas motos trazidas por importadores independentes.

Victor Klizas, ex-Ford, GM e até a pouco responsável pela re-instalação da marca Subaru no Brasil, cuida da direção de vendas e marketing. Experiente, compara o mercado nacional com o europeu, para definir o tipo de produto a ser importado e posteriormente nacionalizado. Aqui a campanha de publicidade para apresentação dos produtos empregará o slogan: “Be Brasil. Be Green”, fazendo um trocadilho entre eficiência térmica dos motores, baixas emissões, e a cor identificativa da marca, o verde claro brilhante.

Um flex que podemos fazer: diesel + gasolina

Cientistas da Universidade de Madison, EUA, experimentaram mistura diferente, buscando reduzir emissões poluentes. Aplicando gasolina ao diesel dos caminhões, conseguiram o resultado e outro, adicional e surpreendente: aumento de eficiência térmica em 20%.

O caminho da tentativa é natural porque o diesel é ainda insubstituível no transporte pesado. E, se não se pode substituí-lo, como criar um aditivo para reduzir as emissões poluentes, em início de perseguição social ? Para viabilizar a idéia, a equipe do professor Rolf Reitz adotou dois tanques separados, misturando os combustíveis no bico injetor diesel, pulverizando na câmara de combustão a miscela necessária ao trabalho.

O percentual entre os combustíveis pode variar entre 50-50% para trabalho a meia carga, até 15-85 ( quinze por cento de gasolina e oitenta e cinco por cento de diesel ) para carga plena. A pulverização precisa permite a explosão das gotículas, e por isto acaba o problema da gasolina ter ignição precoce pela elevada compressão do motor diesel. A mistura é feita dentro da câmara de combustão.

A combinação otimiza a geração de energia, daí a redução das emissões, a melhor performance, menos combustível não queimado expelido pela descarga. Comparativamente, o motor com a mistura diesel+gasolina, conseguiu excepcional resultado em rendimento térmico: 53% mais que o diesel de melhor performance atualmente em trabalho, um gigantesco diesel 2 Tempos, turbinado, que propulsiona navios e consegue 50% de eficiência térmica.

Um cálculo para o mercado norte-americano projeta que, fosse utilizado em toda a frota, o consumo de diesel cairia em 33%.
Os cientistas acreditam no poder desta mistura. Projetando, se aplicada a motores a gasolina, dotados de sistema de injeção direta, pode ter resultados idênticos, mesmo com ignição através de velas.

Curioso observar, há décadas o Brasil mistura oficialmente diesel com gasolina. Nada de pesquisa e nenhum outro objetivo técnico-operacional, exceto o de se livrar do excesso da gasolina produzida por nossas refinarias, e substituir o diesel importado.



RODA-A-RODA


Mercado – Para adaptar-se ao mercado, o mexicano Nissan Sentra 2.0 agora é em versão flex. Outras novidades parecem para atender aos reclamos do jornalista José Luiz Vieira, decano na especialidade, proprietário de Sentra, e desagradado com a falta de retrovisores externos eletricamente rebatíveis e trava elétrica das portas por movimento. A flexibilização aumentou apenas 1 cv na potência, agora de 143 cavalos vapor. Preços oficiais entre R$ 55.300 e R$ 72.900 para a versão topo de linha, com transmissão por polias variáveis.

Mercado 2 – Reclama-se que as vendas do mês de julho caíram 1% relativamente às de junho de 2008. Brincalhão irresponsável quem o faz. Era absolutamente previsível a redução, depois do terrorismo tocado em junho com ameaças de fim do incentivo tributário do IPI menor. No mesmo cenário a demanda crescerá em agosto, com novo pico em setembro, quando as benesses iniciam reduzir-se.

Líder – A Fiat manteve a liderança, vendendo 68.678 unidades em julho, 25,1% de participação. No global, abriu vantagem, comercializando 410.930 unidades, 24,6%. Da marca, o Linea continua em ascensão, crescendo 12,4%.

Álcool – Um Línea 1.9 foi o veículo com a etiqueta flex 2.500.000, dando à Fiat o recorde de maior produtora de veículos flex no mundo.

Na tela – Novo sistema adotado pela Renault em suas concessionárias permite que o mecânico tire dúvidas on line com técnico da fábrica. Além de informações técnicas corretas e imediatas, o sistema permite sanar imediatamente as dúvidas sobre garantia de componentes, sem remessa à fábrica e retardos sem solução. É o Vídeo Assistance.

Mais – A montadora anuncia contratar 600 pessoas na área industrial para aumentar capacidade de produção das linhas Renault e Nissan. Visa construir 137 mil unidades neste ano, superando as 128 mil do ano passado.

Tecnologia – Nova bateria na praça: Moura Log HDP Eco. Nome complicado, específica para empilhadeiras. Traz inovação mundial, a capacidade de ser recarregada em qualquer intervalo de trabalho, sem esperar zerar a carga para iniciar novo ciclo.

Cultura - “Um Corvette na noite e outros carros potentes”, é o título do livro do jornalista Arnaldo Keller pela Editora Alaúde. Misto de realidade e ficção, de automóveis, mulheres e as emoções provocadas pela dupla. Keller mescla as sensações de conduzir veículos esportivos e clássicos esportivos mundo a fora, juntou vivências, exemplos, cenários, e fez a original obra. Custa R$ 29,90 nas livrarias ou por www.alaude.com.br

Antigos – A turística cidade de Serra Negra, no movimentado e paulista Circuito das Águas, receberá o II Collector Show no feriado de 7 de setembro. Festa grande, com 250 pré inscritos, além de movimentada feira de peças, automobilia, prestadores de serviços, e fabricantes de veículos de pequena série. A pretensão dos organizadores, o empresário fabricante de volantes Miguel de Mauro, e o jornalista André Gomide, é fazer do evento o maior do segundo semestre, contraponto ao movimentado encontro de Águas de Lindóia. Interessado ? www.collectorshow.com.br.

Dauphine abriu as exportações da Renault

Charmoso, atrativo em linhas, com soluções apresentadas pela italiana casa de estilo Ghia, o Dauphine era o atestado de maturidade da Renault. Ao final da II Guerra Mundial, empresa fora encampada pelo governo e seu condutor nomeado, Pierre Lefaucheux, conseguira o impossível: viabilizar um produto gestado durante o conflito, o Renault 4 CV, dar bom rumo empresarial, preparar a evolução de toda a linha.

Escolheu o desenvolvimento do 4 CV, o recém lançado Dauphine para iniciar exportações. O pequeno motor traseiro de 750 cm3 evoluíra a 845 cm3, fazendo 31,5 hp, o câmbio mantinha as três iniciais marchas, sem sincronização da primeira.

O projeto focou, corajosamente, no maior mercado do mundo, os Estados Unidos. Nos primeiros tempos vendeu mais que o dobro dos VW. Explicável. Era melhor formulado, tinha 4 portas, estilo agradável, andava mais e gastava menos que o Fusca.

Em outros passos, o projeto chegou à vizinha Itália, onde a Alfa Romeo passou a montá-los; expandiu-se para fábrica associada na Espanha; e tomou coragem, vindo para a América do Sul.


No continente assumiu ações das iniciantes IKA, a Indústrias Kaiser Argentina, e Willys-Overland do Brasil, incluindo-o na produção conjunta com Jeeps e Rurais. Aqui foi o primeiro automóvel da então líder Willys, sendo produzido de 1959 a 1965. O Gordini, mais forte, com 40 hp e 4 marchas, a partir de 1962 foi vendido em paralelo, mantendo-se até 1968, vésperas do lançamento do Corcel, versão do Renault 12 assumida pela Ford ao tomar o controle acionário da Willys. Na Argentina sua vida foi um pouco maior.
Ao mundo o Dauphine foi referência, mudando o conceito de carro pequeno, que não significa ser obrigatoriamente feio, sem charme ou elegância.


sábado, 22 de agosto de 2009

Ruídos no automóvel

Aprenda como eliminar alguns barulhos chatos que aparecem no carro

Preço do carro zero caiu


Além da redução do IPI, a queda do dólar também contribuiu para a baixa nos preços do zero
O Preço de Verdade dos carros novos continua em queda. Julho registrou mais uma redução na média geral do mercado, que foi de apenas 0,1%, é verdade, mas sinaliza a manutenção da tendência que vem desde novembro do ano passado. São nove meses seguidos que redução do preço, período em que o carro ficou 6,1% mais barato.

A maior queda nesse período ocorreu em dezembro de 2008, quando os preços desabaram como reflexo da redução do IPI para carros de 1001cc a 2000cc e eliminação do imposto para os carros até 1000cc: num só mês os carros ficaram em média 4,2% mais baratos, sendo que os modelos mais vendidos, os carros de entrada, tiveram uma depreciação bem maior. E depois disso os preços continuaram caindo.

Além da redução do IPI, a queda do dólar também contribuiu para a baixa nos preços do zero. Muitos importados são vendidos hoje com grandes descontos em relação ao preço pedido antes da crise.

A valorização do real em relação a moeda estadunidense também beneficiou as fábricas instaladas no Brasil, pois muitos carros fabricados aqui usam peças e sistemas importados, especialmente eletrônicos, que ficaram mais baratos. No acumulado do ano a queda de preço já é de 1,78%.

No mês de julho, a marca que teve a maior queda de preço (2,78%) foi a Troller, que tem o único carro de passeio com motor acima de 2000cc (e ainda a diesel) beneficiada com a redução do IPI. A Ford, dona da marca, conseguiu junto ao governo esse privilégio argumentando que o jipe é o único carro vendido pela empresa.

Subaru e Land Rover também registraram queda de m ais de 1% no mês, enquanto Renault (2,23%) e Suzuki (1,75%) registraram as maiores altas em julho (veja tabela).

Evolução do preço por montadora
Julho/2009


TROLLER -2,78%
SUBARU -1,88
LAND ROVER -1,24
AGRALE -0,9
FORD -0,7
MERCEDES-BENZ -0,62
MAHINDRA -0,47
JEEP -0,47
BMW -0,46
LEXUS -0,42
KIA -0,33
HONDA -0,3
CHRYSLER -0,25
CITROËN -0,25
MITSUBISHI -0,18
NISSAN -0,14
FIAT -0,13
PEUGEOT -0,1

Marcas que não tiveram variação: TOYOTA, VOLVO, PORSCHE, MASERATI, JINBEI, JAGUAR, HAFEI, FERRARI, DODGE, CHANA e AUDI.

GM 0,03%
VOLKSWAGEN 0,12%
EFFA 0,51%
SSANGYONG 1,03%
CHAMONIX 1,11%
SUZUKI 1,53%
HYUNDAI 1,75
RENAULT 2,23

Veja os carros que mais desvalorizaram aqui

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Você já foi cuidar do carro de madrugada?

Loja de autopeças e acessórios 24 horas recebe todo tipo de gente em horários inusitados

Victor Ferreira

O relógio marca duas da madrugada. Ao lado de uma balada na Zona Norte de São Paulo há uma loja de autopeças e acessórios automotivos. As portas estão abertas e lá dentro, gente que não tem tempo para cuidar do carro durante o dia ou até prefere a madrugada simplesmente por ser mais calmo e sem filas.

A primeira pergunta que nossa equipe se fazia era: “O que essa gente faz aqui uma hora dessas?”. Tinha até casal. No final das gravações saímos convencidos de que aquele era o melhor horário. Você escolhe o produto e troca na hora – a oficina também funciona 24 horas. Não há demora, espera ou filas. De quebra, todo mundo bem-humorado e rindo de si mesmo. Afinal, não é todo dia que alguém troca uma divertida noite de sexta por uma loja de autopeças. Igualmente divertida, por que não?


Serviço:
MercadoCAR – 24 horas
Avenida Marquês de São Vicente, 2055
Barra Funda – São Paulo – SP
www.mercadocar.com.br

Veja todos os modelos avaliados pelo G1

Especialistas andam nos carros e opinam sobre os últimos lançamentos.
Audi

A3

A4

A5

A6

Q5

Q7

Chevrolet

Meriva 1.4

Captiva Sport Ecotec

Captiva Sport V6

Captiva Sport V6 'brasileiro'

Carros híbridos

S10 Executive

Vectra GT-X

Vectra Next Edition

Chrysler

Town&Country

Citroën

C3

C4

C4 Pallas

C4 Picasso

Grand C4 Picasso

Dodge

Journey

Effa

ULC

Fiat

Cinquecento

Linea

Mille Economy

Palio Adventure

Palio Weekend Elétrico

Punto HLX 1.8

Punto T-Jet

Siena ELX 1.0

Stilo

Stilo Blackmotion

Strada Adventure 1.8

Strada Adventure Cabine Dupla 1.8

Strada Trekking 1.4

Ford

EcoSport

Edge

Focus

Fusion

Ka

Honda

New Fit

Hyundai

i30

Jeep

Cherokee Sport

Kia Motors

Mohave 3.8 V6

Soul

Mercedes-Benz

C 63 AMG

CLC 200 Kompressor

E 350

GLK 280

ML 320 CDI

SLK 200 Kompressor

Mini

Cooper

Mitsubishi

Pajero Dakar

Pajero Sport flex

Nissan

Grand Livina

Livina

Nova Frontier

Tiida flex

X-Trail

Peugeot

207

207 Escapade

207 Passion

407

Piaggio

Scooter MP3 400ie

Porsche

Cayenne GTS

Renault

Logan

Sandero Stepway

Symbol

Reva

i

smart

fortwo

Suzuki

Grand Vitara

TAC

Stark

Toyota

Corolla

Hilux

Hilux SW4 a gasolina

RAV-4

Volkswagen

Eos

Gol

Gol (2010)

Golf GT

Jetta Variant

Passat CC

Tiguan

Tiguan HyMotion

Voyage

Volvo

XC60

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Criação do cinto de segurança de três pontos faz 50 anos

Engenheiro Nils Bohlin desenvolveu o sistema que até hoje salva vidas.

Equipamento reduz em pelo menos 45% o risco de morte em acidentes.

Invenção foi disponibilizada gratuitamente a outros fabricantes de carros pela Volvo (Foto: Divulgação)

Muita gente deve a vida ao sueco Nils Bohlin sem saber. O engenheiro da Volvo criou em 1959 o cinto de segurança de três pontos, considerado até hoje uma das inovações mais importantes em segurança veicular. O lançamento do produto há 50 anos foi tão importante que a Volvo disponibilizou gratuitamente a invenção aos outros fabricantes de veículos.


De acordo com o instituto norte-americano National Highway Traffic Safety Administration calcula que o cinto previne anualmente, somente nos Estados Unidos, cerca de 100 mil
Nils Bohlin, inventor do cinto de segurança de três pontos (Foto: Divulgação)

pessoas de lesões decorrentes de acidentes automobilísticos. A Volvo estima que o cinto de segurança de três pontos reduz em pelo menos 45% o risco de morte em caso de acidente.

Projetista de sistemas de ejeção de pilotos para a indústria aeronáutica, Bohlin foi contratado pela Volvo em 1958 para assumir o cargo de primeiro engenheiro de segurança da empresa sueca. Na época, os cintos de segurança eram fixados apenas em dois pontos e não prendiam a parte acima da cintura do corpo dos ocupantes, o que geralmente resultava em sérias lesões nos casos de colisões em alta velocidade.

Bohlin levou exatamente um ano para idealizar, desenvolver e testar um dispositivo com três pontos de fixação, simples, eficiente e de fácil manuseio, que possibilitava proteger os ocupantes do carro pelo tórax e não mais pelo abdome. O produto só foi patenteado por Bohlin nos Estados Unidos em

Cinto de três pontos é uma das inovações mais importantes em segurança (Foto: Divulgação)

10 de julho de 1962.

A grande invenção lhe garantiu homenagens importantes. Em 1985, o Departamento de Patentes da Alemanha classificou o cinto de segurança de três pontos entre as oito invenções mais importantes em um século de existência. Bohlin recebeu também, em 1995, a Medalha de Ouro da Academia de Engenharia Científica da Suécia. Foi homenageado também pelo Automotive Hall of Fame, em 1999, e pelo National Inventors Hall of Fame, em 2002, exatamente no dia de sua morte, aos 82 anos, vítima de ataque cardíaco.

Uso correto pode salvar vidas

Apesar de ter o uso obrigatório por lei e muitos brasileiros dizem que usar o cinto de segurança de três pontos incomoda. Alguns apelam para uma peça parecida com um grampo (ou pregador de roupa) para deixá-lo mais folgado. Essa peça que deixa o cinto mais folgado compromete o funcionamento do sistema e pode acarretar em ferimentos evitáveis.

O motorista que anda com passageiros sem cinto de segurança paga multa de R$ 127 e leva cinco pontos na carteira. Os passageiros do banco traseiro também devem usar o equipamento. Caso contrário, em uma batida, eles serão jogados para frente com muita violência e poderão prensar os ocupantes da frente causando seqüelas ainda mais sérias.

É importante sempre verificar os engates e os pontos de fixação dos cintos de segurança para certificar se estão bem presos e conservados. As tiras devem ter costuras firmes e preservadas. Os mecanismos também devem ser constantemente lubrificados com óleo. A liberação do cinto não pode ser demorada, pois segundos significam muito em acidentes. A manutenção do sistema exige limpeza regular, que pode ser feita com um pano umedecido e uma pequena porção de detergente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Chrysler pode fabricar o Fiat Cinquecento no México

Empresa faz parceria com montadora italiana.
Fiat quer conquistar mercado dos EUA com o compacto.

Jim Press, vice-presidente da Chrysler, mostra Fiat 500 durante o Salão de Nova York, em abril (Foto: Mark Lennihan/AP)

O Grupo Chrysler LLC planeja produzir o carro compacto Fiat Cinquecento (ou Fiat 500) em uma fábrica no México, de acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira (17). A empresa poderá também desenvolver o motor do Cinquecento em uma fábrica em Trenton, Michigan, segundo o diário “The Wall Street Journal”, estaria desenvolvendo um carro compacto semelhante ao Cinquecento.

O porta-voz da Chrysler, Gualberto Ranieri se recusou a comentar sobre o assunto. O Grupo Fiat SpA da Itália adquiriu uma participação de 20% nas ações da no início deste ano como parte do acordo para tirar a Chrysler da concordata. A Fiat tem planos de levar o popular Cinquecento para o mercado norte-americano além de modelos da marca Alfa Romeo.


A Chrysler conta com duas fábricas no México, uma em Toluca, onde fabrica o PT Cruiser e o Dodge Journey e emprega mais de 2.100 trabalhadores, além de uma unidade de fabricação de caminhões em Saltillo.

sábado, 8 de agosto de 2009

Autorizadas apostam no serviço expresso

Em busca de mais público, concessionárias mudam a forma de atendimento ao cliente

A maior preocupação de quem vai levar o carro a uma concessionária é saber quando vai pegá-lo de volta e, principalmente, se vai mesmo receber o veículo no prazo combinado. Para contornar esse problema, algumas montadoras estão investindo em programas dentro de sua rede para garantir que consertos e trabalhos de manutenção corriqueira possam ser feitos em até duas horas. Isso visa não só aumentar o índice de satisfação de quem usa a oficina autorizada mas, principalmente, ajudar a manter seus clientes fiéis à marca depois que termina o prazo de garantia de fábrica.

Em geral o serviço não pode durar mais que duas horas, precisa ter um local de trabalho diferenciado dentro da oficina e contar com equipamentos e técnicos com treinamento específico, para reduzir o tempo de permanência do veículo dentro da concessionária.

O Express Service criado pela Honda é o exemplo mais conhecido dessa nova estratégia. Há pouco mais de um ano no mercado, o programa já está disponível em 127 pontos de atendimento de um total de 152 deles. Formado por consultores e técnicos exclusivos para esse atendimento, o serviço é feito em uma área separada – uma instalação anexa ou no mínimo dois boxes exclusivos em suas oficinas. Entre os serviços oferecidos, há desde simples revisões até alinhamento, troca de óleo, pastilhas, lâmpadas e palhetas, entre outros pequenos reparos. A única condição, segundo Alexandre Cury, gerente geral de pós-venda da Honda, é que o cliente aguarde o veículo ficar pronto, já que o tempo de espera é de uma hora. “Frequentemente os clientes necessitam de pequenos reparos em seus veículos, que apesar de simples e rápidos de serem executados exigem atendimento imediato, pois podem até comprometer a segurança”, diz.

Civic acelerado - Mas a sacada desses serviços é que, hoje, as outras empresas trabalham com o prazo médio de 90 minutos para cada serviço, o que se torna um grande diferencial no tempo de permanência dos clientes na concessionária. “Deixei meu Civic para fazer a revisão dos 10 000 km e em uma hora já estava com ele de volta. O preço se equipara com o de oficinas convencionais”, diz Cristiane Canavez, cliente da HPoint de São Paulo.

A GM lançou em 2008 o “Novo Serviço Chevrolet”, programa que abrange todas as concessionárias da marca. Não bastasse a rapidez no conserto (até duas horas para liberar o carro), o cliente agora recebe atendimento mais personalizado, podendo acompanhar de perto todo o serviço, além de ter atendimento direto de técnicos diferenciados que acompanham cada veículo desde a chegada até a devolução. Dessa forma, é feito um check list específico e apresentado na hora o valor do orçamento para o cliente. “Hoje, temos um mecânico para cada box capaz de realizar serviços de manutenção ou reparos. Já os de funilaria e pintura são realizados por uma equipe. Em média, os serviços são executados em até duas horas”, diz Marco Aurélio Pacheco, diretor de serviço da GM.

A Ford é uma das últimas montadoras a adotar essa nova filosofia de atendimento. “Antes o cliente tinha medo de entrar no distribuidor. Agora não. Ele tem acesso à programação da oficina, sabe quem é o mecânico que vai mexer no seu carro. Para cada serviço é estipulado um tempo-padrão de reparo”, diz Fábio Guedes, diretor da Frei Caneca Brooklin, loja que está servindo de piloto para a introdução do Brand@Service, o sistema de serviços rápidos que está sendo adotado pela Ford em 2009, mas que deve estar em quase toda a rede em 2010. Nele o cliente tem a possibilidade de conferir em tempo real toda a manutenção de seu veículo por meio de uma tela só para ele, ou se preferir pode ainda assistir televisão ou acessar a internet. Para os que possuem crianças há um fraldário e o Espaço Kids, com brinquedos para entretê-las enquanto o carro está no box rápido. “Fazemos questão de dar atenção especial, saímos com o cliente para testar o carro e, se ele quiser, oferecemos também serviço de leva-e-traz”, diz Guedes.

Seguindo a mesma estratégia, as unidades Berrini e Pacaembu da Caltabiano, em São Paulo, são as primeiras concessionárias a ter o serviço rápido Toyota Express Maintenance. “Nossa oficina dispõe de dois boxes equipados com ferramentas desenvolvidas pela Toyota onde dois técnicos especializados trabalham em um só veículo, reduzindo o tempo de serviço em até 70%. Ainda por cima entregamos o carro lavado como cortesia”, afirma Adilson Guion, chefe de oficina da Caltabiano Berrini. Durante esse tempo, o cliente, assim como no Brand@Service da Ford, também pode desfrutar de toda a comodidade dentro de uma sala de espera equipada com TV a cabo, internet, ar-condicionado, café e água.



TERCEIROS EM PRIMEIRO LUGAR
Se muitas concessionárias ainda não fazem parte de um programa específico que agilize revisões e consertos mais comuns, algumas diminuem o tempo de permanência na oficina trabalhando em parceria com empresas terceirizadas. Um dos mais comuns é o de martelinho de ouro. Sérgio Moreira, proprietário da Performance Martelinho de Ouro, além de possuir a própria oficina, atende no local para diversas autorizadas, como Grupo Itatiaia Mercedes, Chrysler, Mitsubishi e Grupo Carrera GM. “Temos um profissional à disposição dessas empresas durante a semana.” Geralmente o serviço é realizado em no máximo duas horas para amassados pequenos e o orçamento sai na hora. Outro serviço rápido que conquistou as autorizadas é a restauração de para-brisas, como o da Mecânica de Vidros, que atende autorizadas Toyota, Honda, BMW, Ford, VW e GM. Segundo o sócio-diretor Georgios Fotopoulos, o trabalho mais procurado é o de recuperação de trincas de para-brisa. Nesse caso, o equipamento é portátil, o que dispensa a remoção do párabrisa para o reparo, diminuindo o orçamento e o tempo de serviço, que dura em média 30 minutos. Nas duas situações, a concessionária sempre se responsabiliza pelo serviço, oferecendo a mesma garantia dada a outros trabalhos da oficina autorizada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Automóveis de passeio a diesel podem ser liberados

Comissão de Constituição e Justiça do Senado deu parecer favorável à liberação da venda de veículos de passeio à diesel
Por Marcio Ishikawa | 05/08/2009

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira, dia 5, parecer favorável à liberação da venda de veículos de passeio movidos à diesel no Brasil. Aqui, somente caminhões e utilitários, ou veículos com tração 4x4, podem ser movidos com esse combustível.

A proposta é de autoria do senador Gerson Camata, do PMDB do Espírito Santo, e receeu o parecer favorável do relator, o senador Francisco Dornelles, do PP carioca. Agora, o projeto vai passar por avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos e, caso não tenha nenhum recurso contrário, será levado para votação em plenário.

A proibição vigora desde 1976, quando a lei foi implantada, visando reduzir a dependência do petróleo importado, em função dos altos preços que vigoravam no mercado internacional desde 1973, incentivando a produção de veículos movidos à álcool - o programa do Pró-Alcool fora implementado em 1975.

Entre as críticas à iniciativa, está o fato de que o Brasil domina a tecnologia flex e que o diesel nacional ainda possui elevado teor de enxofre - fazendo com que ele fosse ambientalmente viável somente depois de 2012, quando as novas metas para o combustível entrassem em vigor. Além disso, pesaria o fato de o Brasil ser um dos líderes mundiais na tecnologia do etanol e dos sistemas bicombustíveis.

Já o principal argumento favorável à liberação seria a dificuldade que o Brasil tem em relação às exportações por não investir no desenvolvimento de veículos compactos a diesel, cuja demanda está em alta, principalmente na Europa - onde, por sinal, o combustível foi a opção em busca da redução na emissão de poluentes.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tabela variável


A rede Hyundai divulga um preço, mas ao fechar o negócio o novo i30 ganha outro valor – bem mais alto
O que se espera de um carro que custa 58000 reais? Que tal seis airbags, controle de estabilidade (ESP), CD player que toca MP3 com disqueteira no painel, retrovisor eletrocrômico e externo com rebatimento elétrico? Assim foi apresentado ao mercado o Hyundai i30. Pelo preço matador e a quantidade de itens de série, venceu um comparativo de hatches médios de QUATRO RODAS, na edição de março. Depois que a reportagem foi publicada, vários leitores de todo o Brasil correram às concessionárias para fazer a reserva. O movimento nas autorizadas da marca coreana cresceu, mas muitos não imaginavam o que estava por vir. O aposentado paulista José Reis July, de 72 anos, por exemplo, esteve em uma autorizada Hyundai de São Paulo para ver o novo carro. O vendedor afirmou que o modelo seria idêntico ao mostrado na reportagem da QUATRO RODAS por 58000 reais. Mas, detalhe, o revestimento de couro nos bancos seria um opcional, pelo custo extra de 2000 reais – para nossa reportagem, a importadora afirmou que eles seriam item de série. Mesmo assim, José Reis decidiu fazer uma reserva por meio de um adiantamento no valor de 10%. “Quando recebi o aviso de que deveria retirar o veículo, veio a verdade: não tinha seis airbags, nem disqueteira, nem controle de tração, entre outros. Perdi o interesse na hora. Rasguei o cheque na frente do vendedor. A Hyundai não manteve o compromisso nem fez questão de efetivar a venda para mim.” O assunto gerou mais polêmica. Mais de 15 pessoas enviaram e-mails ao atendimento ao leitor de QUATRO RODAS com reclamações sobre a Hyundai e a venda do i30. Na internet, há fóruns de discussão sobre o assunto e sobre a falta de comprometimento da marca em oferecer clareza na informação a respeito o modelo mesmo na pré-venda. “Quando vi o carro, pensei: esse vai ser meu. Telefonei para uma concessionária e confirmei as informações. O vendedor me disse que provavelmente o preço seria de 58000 reais, sim. Quando soube que o carro estava na loja, até vesti um terno e chamei minha mulher para comprá-lo. Grande decepção. O preço tinha ido para 78000 reais. Levei um susto. Desisti da compra”, afirma o corretor de seguros Roberto Santos de Souza, de 50 anos, morador do Rio de Janeiro. Procurada pela reportagem, a Hyundai não se pronunciou oficialmente sobre a diferença de preço, mas a própria empresa utilizou a reportagem da QUATRO RODAS como propaganda em jornais e revistas, sem corrigir nenhum preço ou a lista de equipamentos publicada. O site da marca informa que os preços são sob consulta, mas o departamento de marketing da empresa já divulgou oficialmente quatro versões do i30, que vão de 54000 reais (versão manual que vem sem sensor de estacionamento, ESP, disqueteira, couro, airbags laterais e de cortina e teto solar) a 72000 reais (versão com todos esses equipamentos). De acordo com Renan Ferraciolli, assistente técnico da diretoria de fiscalização da Fundação Procon-SP, quem se sentiu lesado com a situação pode procurar o órgão de defesa do consumidor, redigindo uma carta que explique seu caso. A partir daí, o Procon pode convocar uma audiência para tentar encontrar uma solução entre as duas partes.
LEIA TAMBÉM: