segunda-feira, 21 de julho de 2008

Amortecedor - Troca preventiva é golpe

Shocktester, da Cofap, consegue avaliar com precisão estado dos amortecedores

Não existe quilometragem específica para sua substituição, que depende das condições em que o veículo rodou. Fuja também dos recondicionados, pois não oferecem segurança É comum ouvirmos da boca de alguns mecânicos, seja ele de oficina independente ou de concessionário, que o amortecedor deve ser trocado, de forma preventiva, aos 40 mil quilômetros. Pura enganação. Não existe um limite, pois isso depende das condições em que o carro foi usado. Outro golpe comum é o do amortecedor recondicionado. Trata-se de outra mentira, pois esse processo não é economicamente viável.
Substituição
O proprietário do veículo deve tomar cuidado com a lábia de alguns profissionais sem escrúpulos. Não existe um prazo definido para a durabilidade do amortecedor, que depende das condições em que o veículo foi usado. Por exemplo, enquanto um veículo que roda sobre estradas de terra esburacadas pode ter seus amortecedores destruídos aos 10 mil quilômetros, outro, que circula somente em Brasília, em ruas e avenidas asfaltadas e planas, pode atingir tranqüilamente os 100 mil quilômetros, sem qualquer problema.
Avaliações
Na verdade, o amortecedor somente deve ser trocado depois de algumas avaliações, que devem ser periódicas, mas que, nem sempre, são precisas. Aquele teste simples (de empurrar o carro nas extremidades, para observar se a carroceria balança mais de duas vezes, o que é um sinal de problema), somente detecta amortecedores completamente sem ação. De acordo com o coordenador de assistência técnica e desenvolvimento de produto da Magneti Marelli Cofap (fabricante de amortecedor), "existe um equipamento, chamado Shocktester, que mede a ressonância da suspensão de um carro sobre uma plataforma e ajuda bastante a identificar problemas com o amortecedor". Mas, a máquina não tem os parâmetros, para comparação, de todos os veículos vendidos no Brasil e existem apenas 100 unidades, nos pontos de venda da empresa, em todo o país.
Visual
A Monroe (fabricante) desenvolveu um sensor que consegue medir o funcionamento do amortecedor, mas essa tecnologia somente estará disponível no mercado no primeiro semestre de 2008. Mas, segundo o gerente de engenharia de serviços da Monroe (fabricante), Nilton Tadeu, a análise visual também é muito importante, para verificar se o componente sofreu alguma pancada, se está empenado ou se apresenta algum vazamento. Ele ressalta que a empresa também tem uma máquina para teste de amortecedor, mas são apenas duas unidades móveis em todo o país.
Recondicionado
Não coloque amortecedores recondicionados em seu carro, pois eles podem expor ao risco você e sua família. Primeiro, porque é economicamente inviável recondicionar amortecedores, ou seja, para se conseguir dar a ele as mesmas características originais, o custo seria igual (ou até maior) ao de um novo. Além disso, os componentes originais (retentores, válvulas, haste, batentes e óleo) não são vendidos no mercado. Por isso, eles não conseguem reproduzir as mesmas características de um novo.
Importância
Ao contrário do que sugere o nome, o amortecedor não amortece a pancada, pois isso é tarefa das molas. O componente impede as oscilações da carroceria, provocadas pela mola. Manter os amortecedores em bom estado é fundamental para o equilíbrio do carro, principalmente em curvas e em pisos irregulares. Ou seja, rodar com amortecedor desgastado pode significar uma saída de pista fatal numa curva ou ao trafegar sobre asfaltos remendados e lombadas, mesmo em baixas velocidades.
Quanto custa trocar (*)?
Oficinas:
Viegas Serviços Automotivos
Preço (R$) 586,80
Centro Automotivo Pingüim
Preço (R$)561,00
WS Pollo
Preço (R$)423,00
Rodasa
Preço (R$)590,00
Dedé, o Rei da Suspensão
Preço (R$)546,00
(*) Tomando como base um Fiat Palio 1.0, 2002, a troca dos quatro amortecedores originais, a mão-de-obra e o alinhamento, deixando de fora reparos, batentes etc. Preços pesquisados em Belo Horizonte.

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