segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Falta de potência do Civic


Donos do sedã reclamam que autorizadas não conseguem resolver a falta de potência em subidas e o alto consumo

Enquanto os mecânicos de oficinas comuns reclamam que o Civic é um carro que oferece pouco trabalho, pois dificilmente dá manutenção, para os profissionais que trabalham nas concessionárias, um problema específico vem dando dor de cabeça aos técnicos da Honda.

A falta de potência do motor 1.8 do New Civic em determinadas condições se tornou tão frequente que a fábrica enviou um boletim interno a todas as autorizadas da Honda sobre o assunto. Sob o código BT-M002/08-854, o documento é intitulado “Procedimento de diagnóstico da perda de potência” e foi distribuído para a rede no dia 19 de junho de 2008. Ele orienta os mecânicos a reajustar as válvulas quando aparecerem proprietários relatando que o carro não tem potência para subir morros e que está com um alto consumo de combustível.

Segundo funcionários de autorizadas de Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, não é possível definir quantos veículos apresentam o problema. “A única orientação que nos foi passada é que todos os modelos que apresentarem falta de potência ou consumo elevado devem ter as válvulas reajustadas. Em alguns casos, conseguimos melhorar o consumo de 4 km/l para até 7 ou 8 km/l com álcool dentro da cidade”, diz um mecânico de uma concessionária de São Paulo.

Dono de um Civic LXS 2008, o engenheiro paulista Guilherme Carbone está entre aqueles que sofrem no dia a dia com a falta de potência e o consumo alto. “Com 13 000 km, eu parava em ladeiras porque o motor não tinha potência para subir. Levei à concessionária e culparam o combustível. Então troquei de posto, mas nada mudou. Em outra visita, disseram que seria preciso trocar o cabeçote do motor, pois encontraram divergências nas medidas internas. Enquanto isso, tenho sempre de pegar embalo para conseguir chegar ao fim das subidas”, diz Guilherme.

Redobrar a atenção ao subir rampas e morros também é um dos cuidados do advogado Rodolfo Barbiere, de Taubaté (SP), quando dirige seu Civic LXS 2006. “Em uma viagem, ao subir uma serra, tive de pedir a todos os passageiros que descessem e subissem a pé para o carro conseguir chegar ao topo de um trecho. Mesmo assim, subiu com dificuldade e queimando a embreagem. Na autorizada, explicaram que era por causa da velas. Tive de pagar 228 reais pela troca delas aos 24 000 km, e mesmo assim o defeito continuou.”

“Desde que comprei o carro, convivo com a falta de potência no motor. O pior é que o problema é intermitente. Todas as vezes que reclamei à concessionária, o carro estava normal”, diz José Rubens Yamaki, de Mogi das Cruzes (SP), dono de um LXS 2008.

Não bastasse a falta de potência, quase todos eles reclamam também do elevado consumo de combustível. “Rodando na cidade e com álcool, eu não faço mais que 5,5 km/l”, diz o engenheiro paulista Ricardo Pastorello, proprietário de um LXS 2008.



O POVO RECLAMA

“Na subida, com o ar-condicionado ligado, meu carro quase que não sai do lugar.”

Ricardo Pastorello, engenheiro, São Caetano do Sul (SP), dono de um Civic LXS 2008


“Quando viajo com minha família, prefiro optar pelo Corsa 1.0 que temos em casa, pois ele consegue carregar todo mundo.”


Rodolfo Marques Barbiere, advogado, Taubaté (SP), dono de um Civic LXS 2006


“Os três carros novos que testei na concessionária apresentaram o mesmo problema que o meu. Disseram, então, que é uma característica do modelo.”

Guilherme Carbone, engenheiro, São Paulo (SP), dono de um Civic LXS 2008



RESPOSTA

Segundo a Honda, “uma folga atípica nas válvulas pode ocasionar redução de potência, o que será facilmente ajustado em qualquer concessionária”.

sábado, 17 de outubro de 2009

O fim dos pontos cegos


A restrita visibilidade em manobras de estacionamento é uma das principais causas de acidentes de trânsito com crianças. Segundo a ONG americana Kids and Cars, ao menos 50 crianças são atropeladas, a cada semana, nas garagens de casas e condomínios, nos Estados Unidos – sendo que, em 70% dos casos, quem está ao volante são os parentes das vítimas: pais, avós, tios. Foram estatísticas como essas que levaram os fabricantes de carros a desenvolver dispositivos auxiliares de estacionamento. Mas a Infiniti, marca de luxo da Nissan, foi mais longe e criou um sistema que monitora toda a área em volta do carro. Além dos já conhecidos sensores de ultrassom, o sistema Around View Monitor usa quatro câmeras. A composição das imagens captadas é projetada em uma tela de cristal líquido que mostra o carro de cima como se fosse o ponto de vista de um anjo sobrevoando o veículo ou de um satélite.

O Around View Monitor é ativado automaticamente, quando a ré é engatada, ou por meio de um botão no painel. O motorista pode ligar o sistema em qualquer tipo de manobra, desde que esteja em velocidades inferiores a 15 km/h. Uma vez acionado, a tela de cristal líquido mostra duas imagens: a da esquerda é a projeção da câmera que acompanha a manobra e a da direita é a visão superior do carro. Ao mesmo tempo que as câmeras registram o ambiente, os sensores de ultrassom controlam a distância do carro em relação aos objetos que o cercam. Quando os sensores detectam algo por perto, um alerta sonoro dispara e um aviso surge na tela. Dessa forma, o sistema torna as manobras mais seguras, uma vez que ele elimina os chamados pontos cegos e ainda alerta para a proximidade em relação a anteparos.


Câmeras mostram o ambiente e sensores de ultrassom, instalados nos parachoques dianteiro e traseiro, monitoram a aproximação de obstáculos.

A imagem que acompanha a manobra (no lado esquerdo do visor) pode ser frontal ou traseira, dependendo da marcha engatada. E, nas manobras em que o motorista estaciona o carro paralelamente à calçada, ele pode optar pela visão aérea do carro ou pela visão lateral, em close (na parte direita do visor). Linhas virtuais coloridas servem para orientar a direção. As câmeras com lentes grande angular, do tipo olho-de-peixe, têm boa amplitude de captação – próximo de 180 graus –, mas distorcem um pouco as imagens.


NO BRASIL

O sistema Around View Monitor equipa o SUV Infiniti FX50, que é trazido para o Brasil por importadores do mercado independente. O modelo mostrado aqui é uma versão completa e está à venda na loja paulista Pulsare por 390000 reais. O FX50 é equipado com motor V8 de 390 cv, câmbio sequencial de sete marchas e tração 4x4. Ele conta com airbags, controle eletrônico de velocidade em declives, ESP, dispositivos de fixação de cadeirinha de bebê e sensores de pressão nos pneus. Entre os dispositivos de conforto, traz ar-condicionado automático digital, bancos elétricos de couro e sistema de som Bose.


De olho nas crianças, sistema criado pela Infiniti mostram os pontos que a visão do motorista não alcança

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dicas para instalação de acessório


Não deixe o prazer de equipar seu carro se transformar em um problema


Você é daqueles que instalam roda ou som em qualquer lugar, porque acha que é tudo igual? Então veja o caso do consultor imobiliário José Antonio de Carvalho, 64 anos. “Comprei um Palio zero e levei-o a uma loja para instalar película e alarme. Atraído pelo preço, não pensei duas vezes, porém, assim que tive que instalar o rastreador da seguradora, o alarme começou a dar problemas. Soube depois que o alarme não era compatível com o carro e notei que a película preta ficou roxa e começou a descolar”, diz. Ficou com medo agora de colocar um simples CD player no carro? Não precisa. Conheça a seguir os segredos para comprar o acessório que você sonha sem dor de cabeça nem ter de pagar uma fortuna por isso.



SISTEMA DE SOM



Se instalar em uma concessionária, terá a certeza de que não perderá a garantia da parte elétrica, além de contar com o suporte de materiais originais, como é o caso de bucha das portas, chicote original e aro adaptador do alto-falante. Mas o serviço é bem mais caro e pode demorar quase três vezes mais. Por sua vez, a loja oferece uma infinidade de opções, com um atendimento mais especializado.


DICAS:
• Evite equipamentos muito baratos, especialmente se forem de marcas conhecidas, pois as falsificações são comuns.
• Nunca deixe que troquem o chicote original, sob risco de perder a garantia de fábrica.
• Certifique-se de que o instalador é um profissional credenciado por alguma marca, ou se fez algum curso específico na área.
• Não deixe que façam reparos ou remendos na fiação. Além do perigo de um curto-circuito, pode provocar até panes na injeção eletrônica.



VIDRO ELÉTRICO



Quando ele não vem de fábrica, dificilmente será 100% confiável se não for instalado em concessionária. Além de a loja comum não conhecer a fundo o carro, há ainda o risco de você sair com uma máquina de vidro que não seja adequada ao tipo de veículo. Por isso a concessionária em geral é a melhor opção, pois o treinamento dos funcionários costuma ser melhor, não se perde a garantia de fábrica e você ainda tem um produto que “conversa” com a eletrônica do carro, evitando panes.


DICAS:
• Faça as contas para saber se não vale mais a pena comprar o vidro elétrico como opcional direto da fábrica, em vez de instalá-lo depois.
• Cheque se os botões do equipamento são iguais aos que saem de fábrica.
• Modelos que trabalham em conjunto com as travas de portas são mais suscetíveis a defeitos no futuro, já que são várias tecnologias dentro de um único produto.



BANCOS DE COURO



Por ser caro (cerca de 900 reais na loja e 1 800 na autorizada), tenha certeza de estar levando couro 100% legítimo. “A grande maioria das lojas vende produtos que são 70% couro original e 30% ecológico”, diz Julio Felix, da autorizada VW Morumbi Motor. Veja a parte de trás da peça do couro. Se for aveludado ao toque e tiver pequenos fiapos, há boa chance de ser couro. Se for liso e homogêneo, é sintético.


DICAS:
• Pergunte antes se o couro é 100% original e exija isso discriminado na nota fiscal.
• Concessionárias costumam oferecer serviços com acabamento de fábrica.
• Concessionárias costumam oferecer garantia de um ano. As lojas, nem sempre.
• Diversas autorizadas terceirizam o serviço. Se for o caso, descobra qual é a empresa e leve você mesmo, para pagar menos.
• Opte pelo couro preto ou no máximo bege. Cores berrantes podem desvalorizar o carro.



ALARME



Ele pode ser comprado em autorizadas ou nas lojas de acessórios, já que os produtos de qualidade são quase os mesmos em ambos, porém são acondicionados em embalagens diferentes. Fuja de alarmes muito baratos e de marcas pouco conhecidas. Eles vivem disparando e podem não ser compatíveis com a parte eletroeletrônica do automóvel.


DICAS:

• Em concessionárias você tem maior garantia de que o alarme foi instalado segundo especificações da fábrica. Por outro lado, na loja especializada há muito mais opções.


• Todo carro tem uma amperagem específica para cada item elétrico do carro. Caso o instalador ligue o alarme a um fio de amperagem menor, fará com que a bateria descarregue rapidamente.
• Antes de comprar, pergunte se é compatível com o rastreador da sua seguradora (se houver), para ver se não haverá problemas.



RODAS



Instalar rodas de liga leve parece algo simples, mas se não for feito da forma correta pode provocar até acidentes. “Há casos em que, depois de quatro anos, as rodas de baixa qualidade podem começar a rachar”, diz Fernanda Leite, consultora de vendas de acessórios da concessionária Da Vinci, da Fiat.


DICAS:
• Evite roda usada ou muito barata. O preço bom pode esconder que ela foi reformada.

• Não compre rodas que obriguem o carro a ter um pneu de diâmetro maior que o original, pois é proibido por lei, além do risco de o conjunto raspar na suspensão ou carroceria.
• Aros grandes com pneus largos e de perfil muito baixo reduzem o conforto, aumentam o consumo e tornam a baliza mais difícil.


• Se a concessionária descobrir que houve um acidente devido a uma roda danificada ou fora das medidas permitidas pela montadora, a garantia pode ser perdida.



PELÍCULA ESCURA



Calcula-se que 70% dos carros usam esse filme plástico que reduz a incidência do sol e garante mais privacidade e segurança. Aqui a qualidade depende pouco do lugar. “O serviço de uma loja é praticamente o mesmo de uma concessionária. Porém, a autorizada cobra um pouco mais, pois tem de pagar comissão aos funcionários”, diz Ricardo Faria, que há dez anos é comprador de produtos do Mercadocar, um dos maiores centros automotivos do Brasil.


DICAS:

• Pegue um pedaço do filme e risque os dois lados. Se a tinta sair facilmente, é sinal de que logo o produto deve perder sua cor.

• Faça a instalação em locais limpos, pois a sujeira pode causar bolhas ou falhas de colagem.

• Película espelhada provoca multa. Opte só pela preta. Evite o tom de roxo, que pode descolorir com o tempo



Quando vale comprar o carro em outra cidade


Você está pensando em comprar um carro novo, mas não está conseguindo encontrar preços atrativos na cidade onde mora. Então surge a dúvida: vale a pena fechar negócio por aí ou é melhor procurar por algum desconto interessante em outra cidade ou, até mesmo, em outro estado? Será que isso ainda vale a pena?


Para o empresário baiano José Roberto Bittencourt Lopes, valeu. Com residência fixa em São Paulo, Lopes buscava um Fiat Siena para o irmão, que mora em Vitória da Conquista (BA) e não conseguia encontrar o modelo por preço convidativo. “Meu irmão cotou em diversas revendas e o valor mais baixo que conseguiu foi de 41 500 reais. Ele achou um pouco salgado e me pediu que ligasse para algumas concessionárias de São Paulo para ver se conseguia algo mais em conta. Felizmente encontrei o mesmo carro por 38 000 reais.” Apesar de não se tratar de desconto tão generoso, o fato de Lopes já ter programado em sua agenda uma visita ao irmão foi preponderante para a realização da compra. “Ele não terá de gastar com viagem, acomodação e nenhuma outra coisa para vir buscar o carro. Eu já tinha me programado para visitá-lo e vou levar o carro para ele”, diz.


Casos como o de Lopes ainda são comuns no país. Principalmente em grandes metrópoles, como São Paulo, onde o número de revendas é grande e, consequentemente, a concorrência é bem maior. Num cenário como esse, o resultado é um só: oferta diversificada de carros e preços baixos.


Para tentar desestimular situações como a do empresário baiano, as concessionárias das principais marcas da cidade de São Paulo vêm dificultando a venda de veículos para pessoas de outros estados. “Temos uma política de não realizar a venda para esse tipo de cliente. É uma forma de protegermos os concessionários de outros estados”, afirma Giuliano Coelho, vendedor da autorizada Fiat Amazonas. Tal filosofia até pode funcionar bem na teoria, porém na prática não é assim. Ainda mais em tempos de crise. Basta ter algum parente ou conhecido disposto a registrar o veículo na cidade onde a compra será realizada e, pronto, é só assinar o cheque e aproveitar as vantagens.


Para o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sergio Reze, tal prática deixou de ser tão interessante há alguns anos. “O frete já é nacional há mais ou menos seis anos e as variações tributárias, como no ICMS, praticamente não modificam o preço final. O que pode variar é o IPVA, como em Goiás, onde o estado paga o primeiro emplacamento. Mas a pessoa tem que comprovar que comprou o carro na cidade onde reside, que mora nela por determinado tempo, entre outras coisas”, diz Reze. Ele explica ainda que as promoções realizadas hoje também são feitas em âmbito nacional. “O que pode diferenciar é o tamanho do estoque. Talvez uma revenda possa ter mais carros que outra, o que lhe permite praticar preços melhores. Mas, fora isso, está cada vez mais difícil conseguir algo que valha realmente a pena em outro estado.”


O Sul da bússola

Apesar dos incentivos cada vez menores às viagens intermunicipais atrás de bons negócios, é fato que elas ainda acabam compensando em alguns casos. Por mais dificuldades que as concessionárias criem, ainda é grande o número de consultas por parte de clientes de outros estados. Segundo o gerente de vendas da Citroën Basile, em São Paulo, cerca de 10% das vendas são para pessoas de outros estados. “Vendo algo entre dez e 15 carros por mês para clientes de outros estados. Principalmente para pessoas do Sul”, afirma. Na revenda Ford Frei Caneca, a realidade é a mesma. “Das três vendas que realizei para fora de São Paulo, todas foram para o Sul”, diz o gerente Washington Sato. Ele explica que o que motiva esse tipo de negócio não é o eventual imposto menor, mas sim a concorrência, que obriga as lojas a praticarem preços inferiores aos de locais com menor número de revendas.


O servidor público Delosmar Zanolla, de Passo Fundo (RS), conseguiu uma boa economia na compra de seu Focus Sedan zero. “Como não estava conseguindo encontrar meu carro por preço interessante aqui no Sul, comecei a pesquisar em alguns sites especializados. Consegui o mesmo modelo por 5 000 reais a menos em São Paulo. Não pensei duas vezes. O único gasto a mais que tive foi com o transporte, que ficou em 650 reais”, diz Zanolla.


Mas nem só o preço define esse tipo de compra. O prazo de entrega também pode ser decisivo. É o que conta o empresário Leonardo Padilha, de Fortaleza (CE), interessado na aquisição de um Peugeot 207. Em sua cidade, após diversas consultas, Padilha encontrou o carro por 38 500 reais, apenas 500 reais mais alto que o obtido em São Paulo. “Se fosse levar em conta apenas a diferença de preço, não compensaria. O que me fez fechar negócio foi o tempo de entrega, que era imediato. Aqui em Fortaleza demoraria no mínimo uns 15 dias para eu receber o carro.”


Usado na estrada

E não pense que essa prática só funciona para o zero-quilômetro. Até para os usados o recurso funciona, apesar de ser em situações mais específicas, pois aí entra um risco que não há no carro novo: o estado de conservação do veículo que você vai buscar. Se não tiver um amigo que seja especialista no assunto, você é obrigado a ir até a cidade e selecionar as ofertas pessoalmente, indo de loja em loja. Por isso acaba compensando mais para os profissionais do ramo.


Rogério Gomes, proprietário da loja de usados Hollywood Automóveis, em Porto Alegre (RS), explica que cerca de 40% das suas vendas são relativas a carros comprados na capital paulista. “Os carros de São Paulo custam em média 10% menos”, diz. Além disso, ele faz questão de ressaltar que em São Paulo os carros têm mais qualidade e a oferta também é bem maior. Ele reforça que ainda ajuda o baixo valor do frete, no caso dele de 360 reais.


Em resumo, seja por conta do preço, seja pela urgência, grandes metrópoles ainda seduzem quem busca um carro fora de sua cidade. Portanto, caso esteja pensando em comprar seu carro zeroquilômetro, aproveite para pesquisar o preço e não se esqueça de incluir na conta gastos como transporte pessoal, combustível da viagem e até uma acomodação e alimentação, no caso de ter de pernoitar na cidade. Se mesmo assim valer a pena, não deixe de aproveitar o bom negócio.



O CUSTO DA MIGRAÇÃO (valores cotados em julho de 2009)

Fiesta Trail 1.6
São Paulo: 39 800
Porto Alegre: 41 500

CrossFox
São Paulo: 41 100
Porto Alegre: 42 000

Punto HLX 1.8
São Paulo: 44 800
Porto Alegre: 47 000

Civic LXS
São Paulo: 61 000
Porto Alegre: 64 965

407 SW 2.0
São Paulo: 84 000
Porto Alegre: 91 000

Camry XLE
São Paulo: 133 000
Porto Alegre: 145 000

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mercedes-Benz E 350

Será difícil ficar sonolento ao volante do novo Classe E, mas se isso acontecer, ele te convida a relaxar um pouco


É pelo olhar que se reconhece um novo Mercedes-Benz Classe E. Muitos devem se lembrar do estranhamento provocado pelos faróis duplos redondos estreados em 1996 (depois copiados no VW Polo). Agora as formas cubistas das luzes frontais anunciam a chegada da oitava geração. Se o resultado não encanta logo à primeira vista, também não chega a desagradar. No conjunto da carroceria, o perfil arredondado cedeu lugar a uma silhueta de linhas predominantemente retas. Mas os mais tradicionais vão reconhecer os arcos sobre as caixas das rodas traseiras, que homenageiam o primeiro sedã da Mercedes, o modelo 180 de 1953 – que os iniciados conhecem, pelo código de projeto, como W120.


Apresentado em março deste ano na Europa, o novo Classe E está no Brasil em três versões: duas V6, Avantgarde e Avantgarde Executive, e uma V8, Avantgarde Executive, com preços sugeridos entre 269 000 reais e 375 000 reais (preços de julho de 2009). A unidade mostrada aqui é V6 Avantgarde Executive, que sai por 292 000 reais.


Internamente, os três mostradores são redondos e o seletor das luzes giratório está do lado esquerdo do volante, como sempre. Os botões das saídas de ventilação relembram a quinta geração, o W124.


Se ainda assim restar alguma dúvida, ela se dissipará no momento de dirigir o carro. A bordo do novo Classe E o motorista se sente a bordo de um... Classe E. A cabine é ampla, mas o carro envolve o motorista como um casaco de lã em dia frio. O acabamento é de primeira, como manda a tradição.


Retirei o E350 na fábrica da Mercedes, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e ao sair, ao invés de virar à direita, pegando o caminho de volta para a redação, tomei à esquerda no sentido do litoral. Os técnicos da Mercedes falaram tanto do comportamento do carro em curvas que saí sedento por um trecho de serra. Peguei a Via Anchieta, mas não desci até a praia. Desviei o caminho pela antiga Estrada de Santos, imortalizada por Roberto Carlos nos anos 60, até a porta do que é hoje o Parque Estadual da Serra do Mar. Esse roteiro bem asfaltado e deserto, principalmente na manhã de um dia de semana, é bem conhecido pelos engenheiros das fábricas da região (Mercedes, Ford, VW e GM).


Contra o vento - O dia estava nublado. Mas, em vez de me aborrecer com isso, me imaginei dirigindo na Alemanha. Por detrás dos vidros fechados, as pistas movimentadas da Via Anchieta logo se transformaram em uma autobahn.


A primeira coisa que me chamou a atenção foi o silêncio a bordo. O Classe E roda macio e a 90 km/h, máxima permitida naquele trecho da Anchieta, não ouvi nem o vento batendo contra a carroceria. Uma explicação para isso está no baixo coeficiente de arrasto aerodinâmico (Cx), que é de 0,25 – o menor entre os sedãs da atualidade. Segundo a fábrica, apesar de ter uma área frontal maior, o novo Classe E tem um Cx 4% melhor que seu antecessor.


Na Estrada Velha de Santos pude me lembrar do que o funcionário da Mercedes me disse sobre a suspensão, que agora conta com amortecedores magnetoreológicos, que adaptam o amortecimento às situações de uso. Apesar do peso (1 735 kg) e do tamanho (4,87 metros de comprimento por 1,85 metros de largura), o E 350 é um carro bastante estável e fácil de controlar, se o motorista resolve pisar fundo. Nessa hora, a direção, que costuma ser leve e dócil, se mostra firme e precisa. E os pneus 245/45 R17 justificam suas medidas para o controle direcional.


O motor do E 350 já equipava a versão anterior. Segundo a fábrica, ele foi mantido em mercados onde os novos motores CGI com injeção direta estratificada não encontram as condições ideais de trabalho. Em outras palavras: falta uma gasolina com baixo teor de enxofre, requisito necessário para os catalisadores não entupirem. A maior desvantagem para nós que ficamos sem esse motor é a perda de eficiência, prin cipalmente no que diz respeito ao consumo e às emissões. Em relação ao desempenho, o E 350 se saiu bem, acelerando de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e retomando de 60 a 100 km/h em 3,9 segundos. No que diz respeito ao consumo, as médias foram de 8,9 km/l na cidade e de 11,1 km/l na estrada.


Além dos motores CGI, o Classe E “nacional” carece também de alguns equipamentos em razão de outros tipos de incompatibilidade. Segundo a fábrica, o sistema que controla a distância do veículo à frente, o Distronic Plus, não vem porque trabalha com um radar na frequencia de 24 Hz, uma banda que não é prevista em nossa legislação. O Speed Assist, que lê as placas de velocidade e alerta o motorista em caso de desrespeito, não funciona por falta de padrão nas nossas placas de sinalização. De acordo com a Mercedes o sistema precisaria aprender a reconhecer os diferentes tipos de placa existentes no Brasil, antes de ser instalado no carro. Ficam de fora ainda o alerta de mudança involuntária de faixa, Lane Keeping, que usa o mesmo radar do Distronic Plus e o detetor de veículos nas áreas cegas dos retrovisores Blind Spot Assist, que vem agregado ao Lane Keeping.


Vem que dá... - Mesmo assim os que gostam de novidades vão se encantar com o sistema de iluminação Active Light System, que regula automaticamente a altura e o facho dos faróis (largura e profundidade), além de serem direcionais, para proporcionar a melhor visibilidade nas diferentes situações, sem ofuscar os motoristas que viajam no sentido contrário. E os leds, na parte inferior do para-choque, que funcionam como luzes de presença. Eles ajustam sua luminosidade conforme a quantidade da luz ambiente. Quanto mais luz, maior a intensidade para que possam chamar atenção mesmo sob sol forte. Outro dispositivo é o Attention Assist, que convida o motorista a parar e a tomar um café quando detecta nele sinais de sono ou de cansaço (ver texto ao lado).


A novidade mais curiosa atende pelo nome de Parking Guidance. Esse sistema orienta o motorista a fazer balizas. Passando devagar junto à calçada, ele mede o espaço da vaga e pergunta ao motorista, por meio de mensagem no visor do velocímetro, se precisa de ajuda. Se o motorista apertar a tecla OK, localizada no volante, inicia-se o processo. Basta seguir as instruções e não precisa nem olhar no retrovisor. E pensar que esse tipo de manobra sempre foi um pesadelo para quem está tirando a carteira de motorista.


Outra característica típica dos Classe E é ser portador de novas tecnologias, e até nesse aspecto essa nova versão honra a tradição.



DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

O E 350 permite uma condução tranquila e relaxada, mas se o motorista pisa fundo a direção e a suspensão respondem com eficiência, assim como os freios quando solicitados.

★★★★★

MOTOR E CÂMBIO

Apesar de não apresentar mudanças, o motor faz sua parte, entregando bom desempenho e baixo consumo, ajudado pelo câmbio 7G-Tronic.

★★★★

CARROCERIA

Mesmo com a transformação radical no design, o Classe E continua a ser reconhecido como um Mercedes-Benz.

★★★★

VIDA A BORDO
A cabine é ampla, trata bem todos, e o acabamento é de primeira qualidade.
★★★★★

SEGURANÇA

Além dos itens obrigatórios, como ABS, ESP e airbags, o E 350 vem com sistemas com Neck-Pro, Pre-Safe, Active Light System e Attention Assist.

★★★★★

SEU BOLSO

Preço nunca foi o ponto forte dos Mercedes, que comparados a rivais do mesmo segmento costumam ser mais caros.

★★★



ATENÇÃO



A xícara de café do Attention Assist só aparece no visor, convidando o motorista a parar, quando o sistema detecta que todos os 70 parâmetros que ele controla ficaram inalterados por mais de 20 minutos. A principal referência do sistema é a posição do volante, mas ele monitora também os pedais e a aceleração do veículo.



OS RIVAIS

BMW 530i


Lançado em 2003, muda no final deste ano. Mas sempre é um rival à altura do Classe E.

Audi A6 3.0 TSFI


Acabou de ser re-estilizado. Trata-se de um sedã de luxo com atitude de carro esportivo.



VEREDICTO

O Classe E é reconhecido como o típico Mercedes, um carro de luxo, seguro, confortável e avançado tecnologicamente. Este exemplar da oitava geração reforça essa tradição, incorporando o novo estilo da marca.

Mercedes lança perua esportiva

Classe E 63 AMG Estate chega com motor V8 de 525 cavalos
A Mercedes-Benz mostra a versão esportiva da perua da Classe E. O carro passa a fazer parte da linha da marca alemã e deverá poder ser encomendada no mercado brasileiro em breve. Mais potente do que nunca, a nova geração da perua com bom apetite por asfalto agora vem com motor V8 6.8 que rende 525 cavalos (11 cv a mais que a versão anterior) e brutais 64,3 kgfm de torque, números para acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,6 segundos e atingir 250 km/h, segundo a fabricante.
A nova perua preparada pela AMG deverá ser referência nesse nicho de mercado, quando o assunto é versatilidade combinada com desempenho, para o qual também contribui o sistema de transmissão com câmbio seqüencial que pode ser programado para funcionar nos modos esportivo, manual e confortável, de acordo com o ânimo do piloto. Como se não bastasse ter fôlego de sobra, o carro também consegue fazer uma média de 7,8 km/l de gasolina, uma boa marca para um esportivo com motor grande.





quarta-feira, 14 de outubro de 2009

New Beetle deve mudar em 2012

DA REDAÇÃO

 Divulgação

O pequeno New Beetle foi um estouro quando foi lançado, em 1998. Mas depois de mais de dez anos o carrinho foi perdendo seu apelo visual e as vendas caíram bastante. A boa notícia é que a Volkswagen já trabalha na nova geração que deverá ser chamar apenas Beetle e chegará ao mercado em 2012. Além disso, o carro contará com mais espaço no banco traseiro e ficará mais simples que o atual, o que mostra que a marca alemã voltará às origens, tornando o novo modelo mais um opção de carro de baixo custo, como tudo começou.


Entre as novidades do Beetle da nova geração haverá mais opções de equipamentos e um desenho mais moderno, sem perder o charme das linhas clássicas, cheias de cantos arredondados e que se tornou uma obra-prima do designer J. Mays. Agora a tarefa de reestilizar o New Beetle está nas mãos de Walter De Silva, que garante que a nova geração do Beetle será mais espaçosa sem aumentar muito as dimensões atuais do carro, além de ser um passo à frente quando o assunto é design.

GM deixa de importar Omega

Sedã vinha da Austrália há dez anos e dará lugar ao Malibu

DA REDAÇÃO

 Divulgação
Omega 2008 com motor V6 3.6 de 258 cavalos
Os fãs do sedã Omega devem estar de luto. O carro deixou de ser importado pela GM para dar lugar ao Malibu, a partir do início do ano que vem. Entre os principais motivos que levaram ao fim do Omega no Brasil estão os seguintes: o sedã já tem o novo visual que identifica a linha GM, com a barra transversal pintada na cor da carroceria na grade dianteira. E na Austrália o Omega recebeu injeção direta de gasolina, o que exigiria uma série de adequações para poder rodar por aqui. Além disso, apesar de vir dos Estados Unidos e pagar 35% de alíquota de importação, o Malibu deverá chegar com preço mais competitivo que do Omega.


 Divulgação
Sedã Malibu que será importado dos Estados Unidos
Trazido da Austrália há dez anos, o Omega foi o substituto do Diplomata no Brasil e chegou a ser montado em São Caetano do Sul (SP), entre 1993 e 1998, quando foi vendido com motores 2.0, 2.2, 3.0 e 4.1, esse último herdado do Opala, mas com uma série de alterações feitas com ajuda da Lotus. Foi um dos modelos mais modernos do país, inovando com itens como faróis auxiliares de superfície complexa, suspensão autonivelante (no caso da perua Suprema) e motor com injeção eletrônica multiponto movido a álcool.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Kia cresce 40% em vendas globais


Marca coreana vendeu mais de 155 mil veículos em setembro
A Kia Motors cresceu 40,4% em vendas globais no mês de setembro sobre o mesmo período do ano passado. Foram 155.223 unidades vendidas, incluindo automóveis e veículos comerciais. Somente na China, onde a marca vendeu 25.356 unidades, a alta foi de 130,3%. Coréia, Europa, América do Norte e outros mercados, como o Brasil, também tiveram crescimento.

No acumulado do ano, as vendas passaram de um milhão de unidades, um aumento de 11,8% sobre os primeiros nove meses de 2008. Até setembro, o modelo mais vendido da Kia foi o Cerato, que acaba de chegar ao mercado brasileiro, com mais de 208 mil unidades negociadas. O utilitário Sportage aparece em seguida, com 127 mil unidades vendidas.

Desculpas

Olá pessoal, peço desculpas a todos os que buscam por matérias novas neste blog, estive ocupadíssimo por esses dias, pois estou em um momento com novos desafios no ramos automobilistico. Caso queiram mandem sugestões no e-mail das matérias que gostariam de ver nesse blog. Abraços a todos.