quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

BYD inicia vendas do F3DM, primeiro híbrido plug-in do mundo


Ao contrário do Volt, veículo não tem tração inteiramente elétrica, mas também por motor a combustão
A China, sem alarde, vem conquistando grandes coisas no mundo automotivo. Depois de se tornar um dos mercados mais importantes do planeta, algo quase natural, diante de sua população, ela resolveu se destacar também em avanços tecnológicos. Foi isso que fez a BYD, que lançou esta semana o primeiro carro híbrido que pode ser reabastecido na tomada, ou híbrido plug-in, como eles vêm sendo chamados. O F3DM (Dual Mode, ou dois modos) pode rodar até 100 km apenas com a energia de suas baterias.Apesar de ser uma bela conquista, a marca exagerou na comemoração ao dizer que bateu a Toyota e a GM na corrida por esse tipo de veículo. A Toyota pode até ter sido vencida, mas a General Motors está desenvolvendo um veículo muito mais sofisticado do que híbrido plug-in. O Volt, apesar de também poder ter suas baterias carregadas na tomada, não é exatamente um híbrido, mas sim um veículo elétrico com autonomia estendida por um motor a combustão, que não participa da tarefa de movimentá-lo. É isso que caracteriza um modelo de tração híbrida.De qualquer maneira, o sistema híbrido dois-modos do BYD F3DM acaba tendo três modos de atuação e também permite que o motor a combustão acione um gerador para esticar a autonomia do veículo. Pena é a BYD não dispor de uma assessoria de imprensa eficiente, que possa enviar imagens e informações consistentes do novo carro. Ficamos sem saber, por exemplo, para quanto a autonomia do F3DM pode ser esticada, mas não deve ser pouca coisa. Assim, a baixa potência do motor BYD371QA do F3DM acaba fazendo sentido. Isso porque o sedã chinês é grande: tem 4,53 m de comprimento, 1,71 de largura e 1,52 m de altura, um porte semelhante ao do Toyota Corolla, modelo que claramente inspirou o desenho do híbrido chinês.Com ciclo Atkinson, que já explicamos quando falamos do Ford Fusion 2010, o BYD371QA gera 68 cv e 90 Nm entre 4.000 rpm e 4.500 rpm. Ele é todo de alumínio e tem apenas três cilindros, que deslocam apenas apenas 1 litro.O motor elétrico tem 102 cv e 400 Nm de torque desde a imobilidade, o que confere ao sedã acelerações excelentes. Seriam ainda melhores se o peso não fosse de 1.560 kg, devido às baterias de óxido ferroso, instaladas no assoalho do sedã para não roubar espaço de carga ou dos passageiros. Mesmo com tudo isso para carregar o F3DM acelera de 0 a 100 km/h em 10,5 s. A máxima, em prol da autonomia, é limitada a 150 km/h.Com tudo isso, o que o sedã da BYD tem de melhor é seu preço. São 150 mil iuan, a moeda chinesa. Em reais, isso equivale a R$ 52 mil, o valor que a Honda anda cobrando pelo novo Fit, ou R$ 10 mil a menos do que a Honda pede pelo Civic. E com um custo de rodagem muito mais baixo e mais limpo. Para 2009, a BYD pretende começar a produzir veículos totalmente elétricos. Quem sabe ela também não programe começar a vender seus carros no Brasil? Bem que nós poderíamos ajudá-la na meta de aumentar a produção do sedã para 200 mil no ano que vem.

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