quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Evolução - Aliado contra fraudes

Apesar de não garantir hodômetro infalsificável, fabricantes nacionais de veículos afirmam que, com aparelhos de diagnóstico, conseguem aferir quilometragem original

Redução da distância percorrida é prática comum no mercado de carros usados
É fato a prática de alguns proprietários procurarem oficinas que não trabalham com seriedade e ética para reduzir a quilometragem original marcada pelo hodômetro de seus carros no intuito de, no momento da venda, passar a impressão de pouco rodado e consequentemente valorizar o produto. Em alguns modelos de automóveis, geralmente pertencentes a segmentos mais luxuosos, como Audi, BMW e Mercedes-Benz, as concessionárias já têm como descobrir a farsa e ainda revelar sua quilometragem real, caso esteja alterada. Dos principais fabricantes do país, apenas alguns estão aptos a descobrir a verdadeira quilometragem do carro.
Volkswagen
Os veículos da VW guardam a quilometragem verdadeira, mas também não há como alterar novamente no hodômetro os números corretos.
Chevrolet
Da GM, apenas os modelos mais sofisticados, como o Ômega e a Captiva, em que a quilometragem é marcada na caixa de marcha, é possível revelar a quilometragem real.
Ford
Se tiverem o hodômetro alterado, os modelos da Ford não conseguem recuperar os números originais. Porém, de acordo com o fabricante, caso alguém tente interferir no hodômetro por qualquer motivo, o carro não funcionará porque o módulo do veículo perceberá que houve alguma alteração e passa a não mais aceitar a codificação original. Neste caso, o proprietário terá que levar o veículo a um distribuidor Ford para que uma nova codificação seja feita.
Citroën
Nos carros da fabricante francesa, a gravação da quilometragem sempre é feita em mais de um ponto. Segundo a Citroën, a interface dos módulos eletrônicos do veículo, que entre outras informações guardam a gravação da quilometragem, garante a integridade do sistema e, se houver qualquer tentativa de alteração da quilometragem no hodômetro, esta interface automaticamente se corrige, mantendo a quilometragem maior. Foi a mesma informação encontrada na concessionária Chamonix, que confirmou que a memória fica guardada em três componentes e que a troca de todos não tornaria a operação economicamente vantajosa.
Fiat
De acordo com a fábrica italiana, em todos os seus modelos que são fabricados atualmente há como aferir qual é a quilometragem real usando um aparelho de diagnóstico. Porém, uma vez alterada, a quilometragem dos veículos não retorna à marcação original. Quando as concessionárias foram consultadas sobre o assunto, a informação dada pela Automax, Strada e Sinal foi que a quilometragem ficava guardada num aparelho chamado BC (Body Computer) mas que este não estaria equipando modelos mais simples, como o Uno, nem a linha Fire do Palio e do Siena. Na Roma, a informação dada foi a mesma, porém se a alteração também fosse feita no BC não haveria jeito de recuperar a quilometragem original.
Peugeot
Nos veículos Peugeot a quilometragem fica memorizada no quadro de instrumentos e no computador central. Mesmo o sistema estando programado para adotar o maior valor, os falsificadores atuam nas duas memórias e, de acordo com a fábrica francesa, não há como recuperar a quilometragem original.
Renault
Se houver alguma alteração nos carros da marca, não há nenhum aparelho para constatá-la porque a quilometragem falsa ficará escrita sobre a verdadeira na memória. Se o carro tiver qualquer problema no hodômetro e este tenha que ser trocado, a concessionária registra a quilometragem em seu sistema porque os números serão zerados.

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