quinta-feira, 26 de março de 2009

BMW - Ciência espacial em carros de luxo

BMW: ciência espacial em carros de luxo

Engenheiros do laboratório experimental de alta tecnologia da BMW em Palo Alto, na Califórnia, estão tentando adaptar o sistema termoelétrico das sondas espaciais da Nasa para o uso em automóveis de luxo da BMW. Com isso, haveria uma melhora na eficiência de combustível e redução das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa.

As sondas da Nasa utilizam os chamados geradores de radioisótopos termelétricos (RTGs), que transformam o calor gerado pela queda natural do plutônio em eletricidade. O que a BMW planeja é trazer o conceito de volta para a Terra ao recuperar a energia térmica liberada pela combustão dos motores.

"Acredito firmemente que, quando observarmos essa tecnologia dentro de 20 anos, ela será a questão central, que substituirá tudo mais", disse o diretor de integração de veículos da BMW Hans Rathberger.

Rathberger afirmou que a física simples impede que um motor de combustão convencional exceda uma razão de eficiência de um terço. Um motor com produção de 200 kilowatts gera 400 kilowatts de energia térmica como subproduto.

Reciclar essa abundante fonte de energia iria requerer a substituição do plutônio do RTG por um material sem risco que seja capaz de conduzir eletricidade, mas resista ao calor, uma tarefa nada fácil.

A BMW escolheu um elemento semicondutor conhecido como telurídio de bismuto para servir como conexão entre o fluido de refrigeração do motor do carro e o duto central dos gases de escape, para alimentar o ciclo termoelétrico.

Em termos simples, uma carga é induzida quando você aquece e resfria dois extremos separados de um circuito fechado. A quantidade de eletricidade gerada é proporcional à diferença de temperatura dos dois pontos.

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