segunda-feira, 11 de maio de 2009

Reviravolta total?


Concordata da Chrysler pode trazer desdobramentos ainda incertos

A concordata da Chrysler e a aliança com a Fiat podem trazer desdobramentos ainda incertos e bem além da América do Norte. Existia esperança de um acordo com os credores de bônus da empresa americana para evitar os tribunais. Como não ocorreu, a previsão é que entre 30 e 60 dias surja uma nova empresa. O principal acionista seria o sindicado dos trabalhadores com 55%; a Fiat, 20%; os governos americano e canadense, 10%; e os credores, o restante.A maioria dos analistas locais tende ao ceticismo. Estranham o conflito de interesses, pois o sindicato também representa os metalúrgicos da GM e da Ford. Relembram que a Studebaker, em 1933, foi a única marca a sobreviver à concordata, mas acabou desaparecendo. Associações entre americanos e europeus nunca deram certo nos EUA: AMC e Renault, além da própria Chrysler com a Daimler (desfeita em 2007).A Fiat afirma que não colocará dinheiro vivo – mesmo porque enfrenta seus próprios problemas –, limitando-se a ceder tecnologia, produtos e apoio em gestão. Isso, porém, gera custos e o cronograma conspira contra. Podem passar dois ou três anos até o primeiro modelo sair das instalações no México. Seria tarde demais.Para Rexford Parker, ex-diretor da consultoria californiana Auto Pacific, “o acordo foi feito mais para tentar evitar o desemprego de 30.000 pessoas, de uma só vez, além de outros milhares em cadeia. Concebido até com certa inocência, será difícil resistir até o fim do ano. Faltou perguntar aos compradores o que desejam adquirir da nova Chrysler, no futuro. Já a Fiat saiu daqui 25 anos atrás com imagem abalada”. Persistem dúvidas se os americanos realmente pretendam migrar para carros menores.Aparentemente, a empresa italiana pouco perderia, além do tempo escasso dos executivos e trabalho de engenharia. De outro lado, teria acesso a picapes e utilitários que lhe fazem falta no Brasil. Ocorre, de fato, que a Fiat precisa mudar seu porte atual: fabrica apenas 2,5 milhões de unidades/ano. Na Itália quase 70% das vendas são de concorrentes importados e, assim, não alcança escalas de produção. O grande salto seria se associar à sufocada Opel, que o executivo Sergio Marchionne colocou entre as prioridades, negociando com a GM. Existem, porém, resistências sindicais na Alemanha, na Itália e até entraves políticos, fora outros candidatos à Opel.Há quem interprete a estratégia do ítalo-canadense como tentativa de aproveitar oportunidades. Outros atribuem esses movimentos apenas ao seu estilo agitado, a exemplo do ensaio de aproximação, sem sucesso, com a Peugeot-Citroën. Também duvidam do fôlego financeiro, embora rumores apontem que a Fiat separaria as unidades de tratores (CNH) e de veículos comerciais (Iveco). Estas representam cerca de dois terços do faturamento do grupo e são rentáveis.Marchionne acha, ainda, que a subsidiária brasileira da GM, pelos laços técnicos com a Opel, poderia entrar no negócio tripartite, formando conglomerado entre os três maiores do mundo. Caso confirmado, e mais a situação final da GM nos EUA – tudo por acontecer nos próximos 30 dias – mostra potencial de reviravolta jamais visto na história da indústria em tão poucos meses.

RODA VIVA


PRIMEIRAS bombas de etanol em postos foram inauguradas há trinta anos, em 4 de maio de 1979. Em 2 de julho do mesmo ano, rodou o primeiro carro homologado de série, o Fiat 147, apenas para frotas oficiais. Vendas ao público só começaram em 1980, marcando a era do combustível vegetal como alternativa viável, apenas cinco anos depois de lançamento do Proálcool.


PARTICIPAÇÃO de automóveis de passageiros a diesel vendidos na Argentina caiu de 19% para 12%, em 2008 contra 2007. Grande preferência pela gasolina ocorre pela baixa qualidade do diesel, de alto teor de enxofre, que impede a venda de motores mais modernos de baixo índice de emissões. Diesel bom existe lá, mas é caro e encontrado em poucos postos.


PASSAT CC é um cupê de quatro portas e se impõe pelo estilo atraente. Alia classe, acabamento e equipamentos diferenciados como o teto solar não-deslizante. Silêncio a bordo é outro destaque. Além de tração 4x4, versão vendida aqui possui exclusivo V-6, de 3,6 litros/300 cv e injeção direta. Forma perfeito conjunto com o câmbio automático de trocas super-rápidas.


QUALIDADES surpreendentes de dirigibilidade, sensação de solidez e ótima posição ao volante chamam atenção no VW Tiguan. Utilitário esporte construído sobre arquitetura do Golf V, adota tração 4x4 permanente e motor de 2 litros/200 cv com turbocompressor de notável progressividade. Câmbio automático convencional tem seleção manual e 6 marchas.


EMPRESA de Piracicaba – Iapa – lançou serviço de biópsia mecânica. A partir de análise técnica do óleo, à semelhança do exame de sangue em humanos, é possível por meio de microscópio e outros equipamentos avaliar a saúde do motor. Tabelas referenciais indicam condições reais e estimativa de sua vida útil.

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