terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Como usar o bem o 13º na compra de um carro novo


O 13º salário aquece o mercado e ofertas surgem por todo lado. Mas todo cuidado é pouco na hora de usar seu dinheiro extra para trocar de carro.

A chegada do 13º salário deixa um dinheiro extra nas contas bancárias de muitos brasileiros - e boa parte deles opta por usá-lo para trocar de carro. Exatamente por isso, a movimentação no mercado de carros, novos e usados, aumenta muito nessa época do ano, fazendo pipocar ofertas e promoções supostamente irrecusáveis. Mas nem tudo que reluz é ouro. É preciso ter atenção para não ficar com um mico na mão ou mesmo jogar dinheiro fora.
O mercado de carros zero-quilômetro apresenta três situações nesta época do ano: modelos 2007/2007, 2007/2008 e 2008/2008. De acordo com Vitor Meizikas Filho, diretor técnico de pesquisas da Molicar, empresa especializada na pesquisa de preços e tendências no mercado automotivo, os modelos 2007 apresentam características peculiares que pedem muita atenção.
No caso de modelos 2007/2007, os lojistas costumam oferecer descontos para limpar os estoques. Mas, antes de se animar com o desconto, o consumidor deve pesquisar se o veículo escolhido não passará por uma reestilização no próximo ano. Caso isso aconteça, sua depreciação será grande e muito provavelmente não compensará o desconto oferecido.
Há ainda modelos que acabaram de sofrer alguma mudança e que por isso são vendidos com descontos maiores. É o que ocorre, por exemplo, com o Fiat Siena, que pode ser encontrado em São Paulo por um preço 15% menor que o de tabela.
No entanto, segundo Meizikas, é melhor não se empolgar demais: "Você comprou barato, mas também irá vender barato mais à frente", explica. "O negócio só vale a pena se o desconto chegar perto de 20%, para compensar a depreciação que certamente acontecerá."

Como pagar - Até agora vimos como selecionar e escolher as melhores oportunidades que brotam no mercado nesta época do ano. Mas, mesmo que encontre um modelo que o agrade e que seja um bom negócio, não baixe a guarda. É hora de analisar as melhores opções para pagar pelo seu carro novo.
  • Não comprometer mais de 30% do rendimento líquido familiar. Se houver outra dívida - por exemplo, o parcelamento de um imóvel -, é preciso encaixar os dois financiamentos nesse teto.
  • O número de prestações deve ser o menor possível. Se o valor não atingir o teto de 30% do seu rendimento, é recomendável reduzir o número de parcelas. Assim, você pagará menos juros.
  • Financiar o menor valor possível. E nisso seu 13º salário, junto com o carro que você já possui, irá ajudar muito.
  • Lembrar-se de ter uma reserva - que pode ser separada do valor do 13º - para o pagamento das despesas extras que você terá com o carro novo, como documentação, diferença de IPVA e no valor do seguro
  • Pouca gente se dá conta, mas as taxas de juros são negociáveis. Diante disso - mais uma vez -, é indispensável pesquisar. Não só em várias lojas e bancos, em relação ao mesmo modelo, mas também verificar preços e vantagens de marcas e modelos diferentes, para não deixar passar alguma boa oportunidade. Deve-se também levar em consideração os valores do seguro, que podem variar de acordo com seu perfil e tornar um modelo mais atraente que o outro.

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