segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Uma idéia para o mundo

Crossover se impõem como opção a utilitários convencionais. Há tempos iniciou-se uma campanha em vários países para chamar a atenção sobre os problemas causados pelo porte avantajado dos utilitários esporte (SUV, na sigla em inglês). Também chamados, de forma livre, de jipões, conquistaram uma leva de fãs ao permitir melhor visibilidade pela posição mais alta ao volante, bom espaço interno, robustez, motor potente e capacidade fora-de-estrada (muitas vezes com tração 4x4 e reduzida). Em contrapartida, o centro de gravidade deslocado para cima limita a estabilidade direcional e em curvas, além de apresentar menor eficiência em freadas.Quando começaram a proliferar e invadir as cidades, logo se notou que a sua massa total e a altura dos pára-choques aumentavam bastante os danos físicos e materiais, em caso de acidentes envolvendo automóveis e outros modelos de menor tamanho. Embora a maioria dos proprietários reconhecesse os limites técnicos do veículo, não foram raros os casos de tombamento ou capotagem em situações adversas. Recursos eletrônicos mitigaram as falhas à custa de contínuos aumentos de preços.Pelo menos uma cidade no mundo – Londres – ensaiou limitar a circulação de SUVs, sem sucesso. Nos EUA, onde chegaram a responder por cerca de um terço das vendais totais de autos e comerciais leves, o aperto nas normas de segurança teve impacto. Agora o cenário mudou de vez. O alto consumo de combustível, cada vez mais caro, vem causando forte impacto nas vendas. Para piorar, o governo americano estabeleceu limites de consumo difíceis de cumprir sem o encarecimento severo dos futuros modelos.Em recente edição, a revista Fortune destacou o declínio dos SUVs entre as causas dos problemas financeiros das Três Grandes americanas (Chrysler, Ford e GM). A solução híbrida – combinação de motores a combustão e elétrico – poderia ser uma tábua de salvação, mas é cara. Há rumores de que a Volvo provavelmente deixará de lançar um sucessor para o seu SUV de grande porte XC90, a partir de 2012, porque lhe falta um conjunto híbrido para aplicar. A Porsche já anunciou o atraso no lançamento do Cayenne híbrido, pois o aumento de preço não está compensando com o que se economiza em consumo de combustível e menor emissão de CO2.Outra saída é partir para os crossovers – cruzamento de características dos automóveis, stations e SUVs – mais leves, mais baixos e, principalmente, menos perdulários com combustível, sem contar dirigibilidade e segurança superiores garantidas por construção monobloco. Os americanos já partiram nessa direção e outros fabricantes também seguem o caminho. A Renault apresenta no começo de março, no Salão de Genebra, seu primeiro crossover, o Koleos, que partilha arquitetura com o Qashqai, da Nissan, parceira de aliança.A mudança de rumos não significa o fim dos SUVs parrudos e sim uma volta ao uso preferencial em condições duras, afastados dos centros urbanos ou fora de rodovias pavimentadas. Por sua vez, uma proposta vitoriosa e idealizada no Brasil, como o EcoSport – utilitário esporte leve derivado de automóvel compacto –, alinha-se ao panorama atual de economia de combustível e menos poluição. Idéia que poderá ter seguidores mundo afora.RODA VIVAARQUITETURA do Clio dará origem a um novo sedã compacto argentino, com previsão de lançamento no Brasil no final deste ano, conforme a coluna antecipou. Renault da Argentina só confirma um sedã (há espaço entre Logan e Mégane II), mas não será a única novidade. Segunda geração do Kangoo terá também versão com 7 lugares, desenvolvida apenas lá, para enfrentar o Doblò.INDEPENDENTE dos desdobramentos do rumoroso caso dos acidentes no rebatimento do banco traseiro do Fox, convém realçar a importância da leitura do manual de instruções de todo veículo. No caso, o nada convencional banco corrediço deve estar todo recuado e travado para ser operado com segurança. Existe ainda uma alça para mantê-lo escamoteado que, sem ler o manual, muitos desconhecem.COMEMORANDO 50 anos, a divisão de motores e câmbios GM Powertrain investe na ampliação dos laboratórios de Indaiatuba (SP) e em dar um salto em rapidez de desenvolvimento. Terá condições de assumir projetos da matriz e de outras subsidiárias. Não se fala, ainda, em nova família de motores para o Brasil. Mas ela chegará. Talvez já na nova fábrica de Santa Catarina, em 2010.MEDIDA objetiva do Contran estimulará a educação para o trânsito nas escolas. Quem freqüentar 75% das 90 horas-aula estará dispensando do curso teórico para obtenção da carteira de motorista (faz direto o exame escrito). A pressão dos alunos fará com que as escolas se mexam para implantar essa utilíssima atividade extracurricular, até agora desprezada.GOVERNO insiste em tentar impor proibições ilógicas e impossíveis de fiscalizar. Propõe impedir que navegadores GPS indiquem localização de radares de controle de velocidade. Mesmo que já não estivessem sinalizados, logo surgiriam empresas que fariam o levantamento e tornariam as referências disponíveis por meio digital.

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