segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Poluição - Consumir e beber menos

A partir de abril de 2009, veículos podem usar etiqueta com classificação quanto à eficiência energética. Apesar de não ser obrigatória, adesão dos fabricantes foi boa
Para estimular a escolha, utilização e fabricação de veículos mais eficientes do ponto de vista energético, o Ministério do Meio Ambiente e o de Minas e Energia lançam durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo (ver matéria de capa) o Programa Brasileiro de Eficiência e Etiquetagem Veicular. A ferramenta escolhida é uma etiqueta, semelhante às usadas em eletrodomésticos, que vai identificar em qual categoria o veículo está, além de informações sobre o consumo e emissão de CO2. Estes dados servirão para facilitar a comparação entre os modelos pelos consumidores.Inicialmente, o programa vai abranger apenas os veículos leves movidos a gasolina, álcool e gás natural. Os veículos movidos a diesel, os pesados e as motocicletas, por enquanto, ficaram de fora da classificação, mas uma futura implantação da etiquetagem para esta frota não está descartada. A adesão por parte das empresas automobilísticas é voluntária, mas várias já concordaram em participar: BMW, Chrysler, Ferrari, Fiat, Ford, GM, Honda Hyundai, Kia, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Peugeot/Citroën, Porsche, Renault, Toyota, Volkswagen, Volvo e outras.O uso da etiqueta será opcional e, mesmo que apenas os veículos bem classificados estampem os resultados em suas latarias, o consumidor poderá se informar por meio de tabelas que estarão obrigatoriamente disponíveis nos pontos-de-venda de veículos e no site do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro www.inmetro.gov.br)e do Conpet (Programa nacional da racionalização do uso dos derivados do petróleo e do gás natural - www.conpet.gov.br). Diferente das tendências mundiais, na primeira fase do programa não haverá divulgação sobre os valores de emissão de CO2 na atmosfera.A previsão é de que os veículos comecem a receber as etiquetas já em abril de 2009. Como os resultados valem por um ano, os testes dos veículos deverão ser realizados todo ano. O grupo técnico responsável pelos estudos de implantação do programa é composto por representantes do governo, das empresas fabricantes e importadoras de veículos e suas entidades empresariais. As empresas assumiram o compromisso de informar os dados de consumo de pelo menos metade de sua frota.
Categorias Os veículos de passageiros serão classificados em categorias conforme a área projetada do veículo no solo: subcompacto (até 6,5m²); compacto (de 6,5m² até 7m²); médio (de 7m² até 8m²); grande (acima de 8m²). Os veículos especiais serão classificados em quatro categorias que atendem critérios técnicos específicos, predefinidos em normas: comercial leve, carga leve, fora de estrada e esportivo. Os veículos de cada categoria serão classificados em cinco faixas, de acordo com o consumo: de "A" (menor consumo energético) a "E" (maior consumo energético).O consumo será medido em MJ/Km (mega joule por quilômetro), sendo que MJ é uma unidade de energia obtida a partir do volume de combustível consumido (em litros), de gasolina, álcool ou GNV (m³), de acordo com seu poder calorífico e sua densidade. Esta medida foi adotada para permitir a comparação de veículos com combustíveis diferentes ou multicombustíveis. A comparação é feita pela média aritmética dos consumos de cada combustível e média ponderada dos valores de consumo em ciclos de condução padrão urbano e rodoviário.As medições serão realizadas em laboratórios acreditados pelo Inmetro, podendo ser do próprio fabricante ou independentes. As etiquetas também vão trazer os valores de referência de quilometragem por litro (km/l), a qual os consumidores brasileiros estão mais acostumados, com gasolina, álcool ou GNV (km/m³), na cidade e na estrada, além da classificação (de A a E) quanto à eficiência energética.

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