terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Em Breve, na sua oficina

Effa M100 mostra a realidade

Carro mais barato do Brasil passou pela avaliação dos reparadores e mostrou que ainda precisa ter muitos
Muito já foi dito sobre os carros chineses, mas você saberia como agir se um deles chegasse à sua oficina? Não se trata de um "exercício de previsão do futuro", já que os modelos das fabricantes do país asiático são uma realidade em nosso mercado e estarão, em breve, na sua empresa.
Para desvendar os mistérios desses automóveis, levamos o novo Effa M100 à Engin Engenharia Automotiva, reparadora pertencente ao engenheiro Paulo Aguair, para checar junto a uma equipe de consultores a qualidade de construção do compacto e revelar aos profissionais do or os principais segredos de sua manutenção.
A unidade avaliada, como todas as importadas até agora, é equipada com ar-condicionado, faróis de neblina, rádio com CD player, trava elétrica em todas as portas e vidros elétricos nas portas dianteiras, entre outros. Veja a seguir quais são as qualidades e os pontos fracos do compacto chinês em nosso inédito raio-x.


O sistema de captação de ar do M100 difere dos demais veículos, pois antes de ser filtrado, o ar passa pelo coletor de admissão



Motor
O M100 usa um pequeno propulsor 1.0 de 47 cv com corpo de borboleta a cabo, atuador da marcha lenta (motor de passo) e sensor de posição da borboleta. Estas duas últimas são desenvolvidas pela Bosch, assim como a bobina e o sensor Map.
Uma novidade neste veículo está no coletor de admissão: em seu interior, a peça contém uma tubulação que encaminha o ar externo para o filtro de ar e o ar filtrado novamente para o coletor, ou seja, a entrada do coletor é dividida em dois tubos, um que leva o ar para o filtro e outro que o recebe filtrado.
O motor do M100 utiliza sistema de ignição por distribuidor e uma bobina. Na hora de revisar o modelo, vale uma importante dica: o reparador deve ficar atento com o cabo de aceleração. Caso ele esteja posicionado incorretamente, pode ficar em atrito com o distribuidor e, conseqüentemente, se danificar.
Apesar do pouco espaço destinado à correia dentada, não há maiores dificuldades para trocá-la. Na maioria dos veículos, o sistema de retorno de combustível para o tanque é realizado no filtro, mas, no M100, a volta da gasolina é feita na flauta (tubulação das válvulas injetoras). Para trocar o filtro de óleo, basta remover a peça, localizada ao lado do cárter.
O sistema de suporte do motor é semelhante ao do antigo Fiat 147, com uma travessa no sentido longitudinal e dois coxins nas extremidades para apoiar o bloco do M100. Mas, nesse ponto, há um inconveniente, já que o reparador poderá ter dificuldades na hora da troca dos coxins. No câmbio, existem dois coxins inferiores cuja substituição será bem mais fácil.


O modelo utiliza sistema de ignição antigo, com distribuidor comandado mecanicamente, por um eixo posicionado no cabeçote
Câmbio
Para engatar ou trocar de marchas, o condutor terá dificuldade, pois o movimento da alavanca de marchas é duro. O mecânico não terá problemas para substituir embreagem, pois o cambio está bem posicionado, o que proporciona facilidades em caso de manutenção. O sistema de acionamento é a cabo e conta com um contrapeso para o acionamento do garfo.
Uma tampa de ferro protege a correia sincronizada

Suspensão e direção
No M100, as extremidades da barra estabilizadora estão fixadas ao braço oscilante da suspensão. O sistema é simples e prático tanto na montagem quanto na desmontagem. No teste, o veículo demonstrou ser instável, às vezes puxando para a direita e outras para a esquerda, além de gerar um ruído que parece estar localizado no interior da caixa de direção.



O reparador deve ficar atento, pois a bateria requer água destilada


Freio
O sistema dianteiro é composto por discos e pinças flutuantes. Já a traseira contém tambores e lonas de freio, além de uma válvula equalizadora responsável por distribuir o fluído de acordo com a carga.

O motor visto por baixo, possui travessa semelhante aos Fiat 147

Nenhum comentário: