sábado, 25 de abril de 2009

Energia - De olho na etiqueta

Inmetro divulga o consumo dos primeiros modelos que participaram do Programa Brasileiro de Eficiência e Etiquetagem Veicular. Mille e Picanto se destacaram entre os subcompactos

Ministerio de Minas e Energia/Reprodução
Etiqueta traz como principal informação a classificação do modelo dentro da categoria
Promessa feita, promessa cumprida. No dia 17, portanto ainda no anunciado mês de abril, 18 modelos de cinco fabricantes de veículos receberam a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, que indica o desempenho do carro em relação ao consumo. A surpresa ficou a cargo da Honda, que não tinha o costume de divulgar informações sobre o consumo de seus automóveis. Os outros fabricantes que entraram nesta primeira lista foram a Fiat, a Volkswagen, a Chevrolet e a Kia.

Na categoria dos subcompactos, quem faturou o duelo entre os principais modelos 1.0 litro foi o Mille Economy, que obteve a classificação A, contra o Celta, que decepcionou, se enquadrando na C. Ao lado do Mille, o Picanto 1.0 (com câmbio manual e automático) obteve o melhor consumo da categoria e ainda com o uso do ar-condicionado. Entre os 1.4, o Celta se deu melhor que o novo Palio. Enquanto o primeiro foi classificado como C, o outro ficou na pior colocação. Um detalhe importante é que o Palio foi testado com o ar-condicionado ligado. O Palio 1.8 R também ficou na última colocação.

Sem brilho
Os modelos 1.0 também não brilharam muito entre os compactos. Com essa motorização, apenas o Gol figurava entre os modelo da categoria A, enquanto o Classic e o Prisma ficaram respectivamente na D e B. Ainda na classificação A, ficaram o Fit 1.4 (câmbio manual) e o Polo 1.6. O Gol 1.6 e o Fit 1.4 (câmbio automático) também não fizeram feio e ficaram na B. Na classificação C estão o Prisma 1.4, Punto 1.4 e o Fit 1.5 (câmbio manual ou automático). E nas últimas colocações ficaram o Corsa 1.4 (D), Idea 1.4 e Siena 1.8 (ambos na E).

As categorias médio, grande e carga derivado não tiveram o mínimo de modelos suficientes para a comparação. Entre os médios disputaram o Civic 1.8 (câmbio automático e manual) e o Voyage 1.0 e 1.6. Entre os Voyages, o consumo ficou bem parecido. Nos Civic, os números foram muito semelhantes na cidade, mas, na estrada, o modelo equipado com câmbio automático obteve ligeira vantagem. Nos grandes, figuram carros bem diferentes: o sedã Linea T-Jet 1.4 e o monovolume Grand Carnival, da Kia. Já a categoria carga derivado tem apenas uma participante, a picape Strada 1.4 Trekking. As demais categorias, comercial, fora-de-estrada e esportivo, ainda não têm representantes.

Aceitação
A participação nessa primeira lista ainda está muito aquém da quantidade de modelos disponíveis no mercado brasileiro, mais a boa aceitação das informações por parte dos consumidores deve convocar a participação maciça dos fabricantes. As informações sobre os principais modelos da Honda já foi um começo. Outros fabricantes com participação expressiva no mercado nacional que não divulgam o consumo, como os franceses Citroën e Peugeot, não devem demorar a se submeter às medições. Vale lembrar que os valores divulgados são medidos em laboratório e não serão obtidos nas ruas por dependerem de condições como trânsito, qualidade do combustível, hábitos do motorista, entre outros.

Essa iniciativa faz parte do Programa Brasileiro de Eficiência e Etiquetagem Veicular, coordenado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em parceria com Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet), implementado pela Petrobras. A adesão dos fabricantes de automóveis é livre. Vale lembrar que o uso da etiqueta não é obrigatório, mas os pontos de venda de veículos devem fornecer essas informações que também estão disponíveis no site do Inmetro (www.inmetro.gov.br) e do Conpet (www.conpet.gov.b).

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