A Zafira foi o primeiro monovolume nacional da General Motors do Brasil, lançado em abril de 2001. Baseada na mesma plataforma da linha Astra nacional, ela foi apresentada nas versões com motores 2-litros de oito válvulas e 116 cv e 2-litros 16V de 136 cv. Não havia nomenclatura das versões, que eram diferenciadas basicamente pela motorização, sendo que a mais potente também era mais luxuosa.
A versão mais simples contava com direção hidráulica, vidros, espelhos e travas com acionamento elétrico, encostos de cabeça em todos os bancos e conta-giros, entre outros itens. Já a versão top vinha com direção eletrohidráulica, sistema de abertura das portas e acionamento do alarme por telecomando, ar condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve, faróis de neblina etc.
Ainda em fins de 2001 o modelo passou a contar com o chamado “pacote CD” para ambas as motorizações. O modelo 2002 ganhou ainda lanternas traseiras com piscas brancos e, a partir de maio de 2002, a opção da caixa automática para o motor de oito válvulas. Trata-se da transmissão AF20, que era oferecida em conjunto com o cruise control – também chamado de “piloto automático”. Nesse mesmo ano passou a ser disponibilizada a forração em couro como opcional.
A linha 2003 não trouxe mudanças significativas, mas a partir de 2004 a Zafira passa a contar com rodas de aro 16 para a versão equipada com pacote CD. Em março daquele ano surge também a motorização Flex, que curiosamente foi apresentada já como modelo 2005. Ou seja: olho vivo!!! Na hora da revenda, há uma maior preferência pelos modelos bi-combustível e a diferença de preço entre elas não é significativa.
Mas outros aspectos diferenciam a linha 2005. Um deles está na dianteira, que ganhou novo pára-choque, grade e faróis auxiliares. Outra mudança foi na nomenclatura dos modelos, que passaram a ser denominados Comfort (com “m” mesmo...), Elegance e Elite, esta a versão topo de linha.
Desde a versão básica a Zafira já contava com ar condicionado digital (também lançado para o modelo 2005), direção hidráulica e trio elétrico. Já a Elite trazia, além disso, airbags frontais e laterais, sistema de freios com ABS e válvula EBD, forração em couro, CD player com controles no volante, roda de liga leve, faróis de neblina etc. Para 2006 as mudanças na linha são mínimas, como novas cores e um novo porta-objetos na versão Elite.
A Zafira foi o primeiro modelo (e continua sendo o único) do segmento dos monovolumes médios fabricados no Brasil com sete lugares. Ela conta, desde seu lançamento, com o interessante sistema Flex7, que consiste em dois bancos adicionais localizados no assoalho do porta-malas. Quando necessário, por serem dobráveis, podem ser “armados” e utilizados, o que diminui a capacidade do porta-malas para 150 l. Mas como conta com 28 possibilidades de arranjos internos diferentes, é possível aumentar essa capacidade para até 1.700 l.
Com uma boa oferta no mercado de usados, o monovolume da GM não apresenta grandes problemas na hora de ser comercializado. É o preferido dos taxistas, que sempre levam em conta a manutenção e a robustez de um veículo. E também não é um modelo que apresenta muitos problemas crônicos, o que traz uma certa tranqüilidade para os proprietários. Os cuidados são os mesmos de sempre: manual em dia ou garantia de procedência são indispensáveis. Fuja de cores muito fortes, pois nesse modelo são mais difíceis de passar para a frente. E tenha em mente que não é um carro particularmente econômico, principalmente quando se trata da versão mais potente.
Mercado
Desde que entrou no mercado de minivans médias, a Zafira somou 13.521 unidades vendidas em apenas nove meses e fechou o ano com 34% de participação. No ano seguinte as vendas recuaram para 12.050 unidades, mas a partir daí o segmento ganhou a companhia da Meriva, modelo pequeno e que influenciou o segmento das médias. O ano de 2003 foi o pior da Zafira, que vendeu apenas 8.246 unidades com a participação caindo significativamente para 26%.
Mas a recuperação veio logo no ano seguinte, em 2004, com o lançamento da versão flex. O carro voltou a ter participação expressiva, fechando o ano com 36% do bolo, com um total de 13.275 unidades vendidas. No ano passado todo o segmento perdeu força. O total de vendas da minivan da GM ficou em 8.887 unidades, ou 30% de participação. Neste ano as vendas devem continuar no mesmo patamar. A expectativa é que a Zafira chegue a 8.500 unidades, com a mesma participação do ano passado.
A Zafira é vendida com desconto médio de 2,5%, mas, de acordo com a Molicar, a versão de entrada, a Comfort, está sendo vendida ligeiramente acima do preço oficial. Pela tabela, o carro custa R$ 62.150,00, mas é vendido por R$ 62.500,00. A versão intermediária, sem opcionais, custa oficialmente R$ 70.701,00 e é vendida com desconto de 3,8% (R$ 68 mil), o mesmo índice para a versão topo de linha, a Elite, que na tabela custa R$ 75.907,00 e, no mercado, R$ 73 mil. Os preços oficiais citados estão com frete e pintura metálica incluídos.
Segundo estudo da Agência AutoInforme, a Zafira desvaloriza cerca de 11,5% no primeiro ano de vida. Veja a tabela.
Desconto da Zafira
Modelo | Preço Oficial | Preço de verdade | Desconto % |
---|---|---|---|
Zafira 2.0 Flexpower Comfort | 62.150,00 | 62.500,00 | 0,5 |
Zafira 2.0 Flexpower Elegance | 70.701,00 | 68.000,00 | -3,8 |
Zafira 2.0 Flexpower Elite | 75.907,00 | 73.000,00 | -3,8 |
Depreciação da Zafira no primeiro ano de uso
Modelo | Depreciação % |
---|---|
ZAFIRA COMFORT 2.0 8v(Flexpower) | -11,36 |
ZAFIRA ELEGANCE 2.0 8v(Flexp.)(Aut.) | -11,25 |
ZAFIRA ELEGANCE 2.0 8v(Flexpower) | -10,98 |
ZAFIRA ELITE 2.0 8v(Flexp.)(Aut.) | -11,80 |
ZAFIRA ELITE 2.0 8v(Flexpower) | -11,92 |
Fonte: AutoInforme
Comprando uma Zafira usada
Se o conjunto motor/câmbio apresenta oscilação excessiva, ou se as marchas estão com dificuldade para serem engatadas, pode ser que o problema esteja nos coxins. Verifique, se possível num elevador, se estão em bom estado, sem rachaduras ou quebras. Da mesma forma que acontece com outros modelos da GM, o computador de bordo em alguns casos apresenta problemas de funcionamento, com emissão de informações errôneas, ou ainda defeitos no display.
Algumas unidades chegam a apresentar a desprogramação do sistema de abertura das portas e acionamento do alarme com freqüência. Com isso, ele se torna inoperante e as portas devem ser trancadas e destrancadas diretamente nas fechaduras, mas a boa notícia é que é relativamente simples reprogramar o sistema. A infiltração de água nos faróis de neblina é mais um defeito que deve ser observado nesse modelo da GM; esse problema deixa o carro com aquela cara de “velho”, já que a água e a sujeira causam danos aos refletores do farol. Quando ocorre esse problema, das duas, uma: ou se desmonta os faróis, para serem limpos e terem um “reforço” na vedação, ou se parte para a troca do componente, pura e simplesmente.
Nos modelos equipados com ar condicionado digital, pode haver problemas no ar-quente. Ou ele deixa de funcionar ou não tem precisão. É bom ficar de olho e testar o sistema, mesmo que o dia esteja quente. E boa sorte!
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