segunda-feira, 15 de junho de 2009

Menos IPI para carros ecológicos


Imposto dos carros mais poluentes poderá ser elevado, diz ministro
Depois de dar início, em abril deste ano, ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que estabelece um selo veicular com indicação de desempenho em relação ao consumo de combustível na estrada e na cidade, os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Fazenda, Guido Mantega, estudam uma forma de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis “verdes”.

“A ideia é incentivar o consumidor a comprar carros ecologicamente corretos”, declarou Minc. De acordo com o ministro, para não afetar a arrecadação federal, “o IPI dos carros mais poluentes poderá ser elevado”.

A tarifa diferenciada terá como base o selo do PBEV, coordenado pelo Inmetro. Graduado de A a E, o selo é semelhante ao usado pelo Inmetro em eletrodomésticos. Com ele, o consumidor terá informações sobre o consumo na hora de escolher um veículo, facilitando a escolha por modelos mais econômicos e eficientes.

As fabricantes não são obrigadas a aderir ao Programa. Fiat, General Motors com a marca Chevrolet, Honda, Kia e Volkswagen, entretanto, já se inscreveram no programa. Juntas, elas detêm 50% das vendas brasileiras.

Montadoras nacionais como Ford, Toyota, Peugeot, Citroën e Mitsubishi ainda não aderiram à etiqueta que informa o consumo de seus automóveis. De acordo com as regras, não há obrigatoriedade em utilizar a etiqueta.

Na categoria sub-compactos estão presentes três marcas com 10 modelos. A Chevrolet com o compacto Celta, em três versões, ganhou a classificação C. Sem o ar-condicionado ligado o carro equipado com motor 1-litro marcou um consumo na cidade de 14,5 km/l de gasolina e 10 km/l de álcool. Já para o modelo equipado com motor 1,4-litro, também classificado com a letra C, registrou 14,2 km/l de gasolina e 9,6 km/l de álcool.

Na mesma categoria a Fiat se saiu muito bem com o Mille Economy e tropeçou com o Palio. O automóvel mais em conta fabricado no País ganhou letra A. Ele marcou na cidade 15,7 km/l de gasolina e 10,8 km/l de álcool. Apesar de a confirmação do Mille, o Palio não foi bem e recebeu letra E nas quatro versões (ELX 1.4, ELX 1.4 4p, 1.8R e 1.8R 4p). Equipado com motor 1,4-litro o Palio duas portas registrou, em circuitos urbanos, um consumo de 13 km/l de gasolina e 8,8 km/l de álcool.

Outro automóvel que se saiu muito bem foi o Kia Picanto. O carro que é considerado um dos mais econômicos do mundo recebeu a letra A. Ele declarou, de acordo com as medições do programa, um consumo de 16,2 km/l na versão manual e 15,8 km/l na automática.

Na categoria compacto estão presentes quatro marcas e 14 modelos. O melhor colocado, com a letra A, foi o Honda Fit 1.4 16V. Rodando na cidade com álcool o monovolume marcou 9,8 km/l, com gasolina ele fez 14,8 km/l. Modelos com fama de economia não se saíram tão bem: o Chevrolet Classic 1.0 tirou a letra D (13 km/l de gasolina na cidade) e o Fiat Idea 1.4 tirou a letra E (11,8 km/l de gasolina na cidade).

A Volkswagen aparece nesta categoria com três automóveis. O Gol equipado com motor 1-litro recebeu letra A e o mesmo carro equipado com motor 1,6-litro ganhou letra B. O Volkswagen Gol registrou 13,9 km/l de gasolina na cidade com o propulsor 1-litro e 13,4 km/l com o motor 1,6-litro. O Volkswagen Polo BlueMotion equipado com motor 1,6-litro apresentou etiqueta A. O carro marcou um consumo a gasolina na cidade de 13,8 km/l e de 21,2 km/l na estrada.

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